Transporte hidroviário é discutido em Jaú e Araçatuba


11/06/2008 18:04

Compartilhar:

Reunião da frente em Araçatuba<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/06-2008/CARAMEZ JAU ARACATUBA.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A Frente Parlamentar das Hidrovias (FPH), coordenada pelo deputado João Caramez (PSDB), realizou nesta sexta-feira, 6/6, na Câmara Municipal de Jaú, sua segunda reunião itinerante. O encontro foi organizado em conjunto com a Associação dos Municípios do Centro do Estado de São Paulo e do Consórcio Intermunicipal Tietê-Paraná.

Participaram da Mesa de Debates, José Roberto dos Santos, coordenador de Infra-estrutura e logística da Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo; José Victor Mamede, do Departamento de Infra-Estrutura da Fiesp; Oswaldo Rosseto, do Departamento Hidroviário; e Ricardo Camargo, da Fundação Instituto de Administração.

Na segunda-feira, 9/6, aconteceu na Câmara Municipal de Araçatuba a terceira reunião, que desta vez contou com a participação do presidente da Cooperhidro, Carlos Farias de Souza e do vice-presidente da Câmara, Jaime José da Silva. Também participaram do debate diversos vereadores da região, representantes da União dos Produtores de Bioenergia e autoridades locais.

Os encontros tiveram como objetivo apresentar o relatório sobre o sistema hidroviário paulista concluído no final do ano passado pelos integrantes da frente e promover um debate sobre o melhor aproveitamento da Hidrovia Tietê-Paraná e o desenvolvimento econômico dos municípios situados em sua área de influência.

No Estado de São Paulo, segundo Caramez, tem havido fortes investimentos na construção e manutenção da hidrovia Tietê-Paraná, mas ela transporta apenas 20% da sua capacidade. "As hidrovias são um modal que tem como base um insumo de uso múltiplo, que é a água. Não podemos perder a oportunidade de continuar o desenvolvimento do setor por conta da questão energética", enfatizou.

Oswaldo Rosseto, do Departamento Hidroviário, ressaltou a importância dos trabalhos da FPH que tem estimulado o governo do Estado a buscar novas alternativas para implementar o modal hidroviário. Ele anunciou, por exemplo, que a Secretaria dos Transportes planejou para os próximos quatro anos um investimento de R$ 176 milhões para alargar os vãos entre os pilares de algumas pontes para possibilitar o tráfego de comboios cada vez maiores.

O plano compreende intervenções em sete pontes no Rio Tietê. A proteção dos pilares já permite passar com comboios menores. Mas, a obra se faz necessária para possibilitar a passagem de comboio de quatro chatas (barcaças), de uma única vez. "Em vãos menores a transposição só é possível desmembrando o comboio, com a passagem de duas barcaças por vez. Esse processo implica parar o comboio, amarrar duas barcaças, passar a ponte com as demais, voltar com o empurrador para pegar as que ficaram para trás, e assim por diante. Ampliando os vãos, conseguiremos reduzir o tempo total de cada viagem em quase 20%", explicou Rosseto, acrescentando que a secretaria já abriu a concorrência para iniciar as obras da última ponte da SP-255, onde passa apenas uma barcaça de cada vez.

Os eventos possibilitaram a troca de experiências entre os interessados e análises pontuais sobre a situação dos portos das duas regiões e também contaram com a exposição itinerante Hidrovia Tietê-Paraná, que faz parte do Projeto Tietê nas Escolas, coordenada por Miguel Ribeiro.



jcaramez@al.sp.gov.br

alesp