Isabella Blanco sublinha suas escolhas sem deixar ao acaso suas criações fotográficas

Emanuel von Lauenstein Massarani
28/11/2003 14:00

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Isabella Blanco<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Isabella blanco.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Obra Carapicuiba 3<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/IsabellaBlan Carapicuiba3.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Obra Carapicuiba 2<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/IsabellaBlan Carapicuiba2.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Obra Carapicuiba 1<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/IsabellaBlan Carapicuiba1.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A fotografia solicita uma leitura "aberta", endereçada pela clareza fisionômica dos objetos e das paisagens, de seus singular reconhecimento e das inter-relações propostas pelo fotógrafo como estímulo a uma ulterior análise do real, do significado que as partes podem assumir no caso de se extraírem do contexto, assinalando a existência, evidenciado os conteúdos.

A fotografa Isabella Blanco, por intermédio de suas propostas visuais, exprime com lucidez essa confiança no poder expressivo e comunicativo da fotografia, na qual se envolve em toda sua fase produtiva - projeto, "assemblagem", impressão - sublinhando as suas escolhas, sem deixá-la ao acaso ou à manipulação de outros.

Essa artista manifesta em suas fotos que a fotografia não pode ser usada como simples instrumento de documentação, mas sim como meio de conhecimento e construção das relações entre tempo e espaço real, entre memória da história passada e da presente, através de formas e os significados do seu "habitat".

Espontaneamente ela repropõe em suas "foto - grafias", ou velhas imagens organizadas segundo esquemas racionais de relevo e de transfert visual, por intermédio de um uso cientifico da linguagem fotográfica, da qual experimenta as várias potencialidades expressivas, que a própria técnica amplamente propõe e consente.

Na série de fotografias dedicadas à Granja Viana, seis das quais foram doadas ao Acervo Artístico da Assembléia Legislativa, a jovem fotógrafa prova que a imagem é um meio de expressão congenial a suas aptidões artísticas. Consegue assinalar ainda como a fotografia tem a capacidade autônoma da linguagem e da comunicação eficaz que deve ser procurada sobretudo na sua capacidade de reproduzir e de "miniaturizar" a realidade.

A Artista

Isabella Blanco, nome artístico de Isabella Blanco Casali, nasceu na cidade de Piraju, SP, no ano de 1963. Formou-se pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Libero, começou sua carreira na Revista Interview, tendo realizado trabalhos também para Revista Vogue e o Jornal Shopping News sempre nas editorias de modas, artes e variedades.

De sua experiência como jornalista social e de variedades, nasceu a vontade de se aprofundar na arte da fotografia. Depois de fazer cursos técnicos na Escola Superior de Propaganda e Marketing e com o fotógrafo Marcos Andreoni, começou a trabalhar com imagens em preto e branco.

Em 2002 foi convidada a iniciar um projeto que se transformou em sua primeira exposição individual em 2003, intitulada "Vendo a Granja", na Milu Galeria de Artes e no São Fernando Golfe Club, ambos na Granja Viana. Muito da evolução de seu estilo vem da experiência de lidar com a imagem em seus vinte anos de jornalismo e cinco anos de fotografia, além dos estudos de historia da arte no Museu de Arte de São Paulo e no Museu do Louvre em Paris.

alesp