Fang se inspira na liberdade da fantasia e do movimento para criar momentos mágicos

Acervo Artístico
26/07/2005 15:54

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Chen Kong Fang<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/fang.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Obra "O Búfalo", realizada em nanquim aguada e doada ao Acervo Artístico do Palácio 9 de Julho<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Bufalo.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O que mais impressiona na pintura de Fang é o movimento de seus personagens, seus animais, suas árvores, nas posições as mais impensadas, pois a mão ágil do artista criador a eles impõe a idéia de movimento.

Suas obras não são estáticas: vivem sua vida interior e, mesmo não seguindo os caminhos da pintura clássica, possuem um "chamamento" único, inconfundível, tal a serem reconhecidas entre aquelas de um autêntico mestre da pintura figurativa contemporânea. O artista consegue fixar sobre a tela ou sobre o papel momentos mágicos de expressão.

É precioso constatar que Fang domina totalmente seu traço. O seu desenho é sempre eficaz. Tanto é verdade que também a reprodução em branco e preto de uma qualquer de suas figuras se nos apresenta de maneira sugestiva. A cor quase parece um complemento da linha, uma tentativa de interrupção do traço, esse seguro, pronto a fundir e abrandar contornos e volumes. É, essa cor, uma pesquisa dentro da própria pesquisa.

O verdadeiro fascínio da obra desse artista está no seu hesitar entre uma concepção de pintura como um puro fato mental a tendências abstratas e a sua obstinação de permanecer na fronteira da realidade. Ao diluir a qualidade objetiva dos temas, rendendo-os leves e com movimento, Fang opera, ao mesmo tempo, para que permaneçam alusivos dentro de uma realidade observada em transparência.

A obra "O Búfalo", realizada em nanquim aguada e doada ao Acervo Artístico do Palácio 9 de Julho, comprova a atividade artística de Fang, que se inspira na total liberdade de fantasia e de movimento.



O Artista

Chen Kong Fang nasceu na cidade de Tung Cheng, China, em 1931. Começou a desenhar com incentivo do pai. Em 1945, iniciou seus estudos de sumiê e aquarela com Chang-Zenshen. No ano de 1951, mudou-se para o Brasil e, em 1954, conheceu o mestre Takaoka e deu prosseguimento a seu estudo na pintura.

Participou de inúmeras exposições coletivas e individuais, destacando-se dentre elas: Clube dos Artistas Plásticos de São Paulo (1959); Galeria Ambiente, São Paulo (1961); Biblioteca Pública de Salvador, Bahia (1962); Salão de Arte Moderna do Distrito Federal (1964); Salão Municipal de Santo André (1968); I Salão Paulista de Arte Contemporânea, São Paulo (1969); Mostra no MASP (1969 e 1976); Galeria Cosme Velho, São Paulo; Galeria Academus, São Paulo; "Panorama da Arte Atual Brasileira" - MAM - São Paulo (1978); Artexpo, Nova Iorque, Estados Unidos; Dan Galeria, São Paulo (1981 e 1993); "Artistas Trancendentais" - MAM - São Paulo (1981); Galeria de Arte F. Konning, Schleswing, Alemanha; Kouros Art Gallery, Nova Iorque, Estados Unidos (1986 e 1993); "100 Obras Itaú" - MASP - São Paulo (1985); Galeria Bonino, Rio de Janeiro (1986); Ranulpho Galeria de Arte, São Paulo; The International Museum of the 20th Century Arts, Laguna, Estados Unidos (1990); Museu de Arte Contemporânea de Americana; Galeria de Arte Contemporânea de Taipe, Taiwan (1994); Waldir Assis Art Gallery, Paraná; Brasil-Japão Arte - Fundação Mokiti Okada - São Paulo (1995); Museu Banespa, São Paulo; VI Mostra de Arte Contemporânea - FIEO - São Paulo (1997); "Shangai Art Fair" - Hwa´s Gallery; Alisan Fine Art Gallery, Hong Kong, China; Panorama da Arte Brasileira, Paraná (1999).

Recebeu diversas homenagens, medalhas e prêmios no Brasil e no exterior. Suas obras encontram-se em coleções particulares e oficiais, bem como museus e espaços culturais e no Acervo Artístico do Parlamento Paulista.

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