Christopher Fraser pinta um universo feito de tranqüilidade e de paz

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
26/04/2006 16:30

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Obra Shot Unfortunately, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/shot.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> O artista Christopher Fraser<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/foto artista.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Pode-se dizer que Christopher Fraser reúne em sua obra o trinômio das artes figurativas, no sentido de que, ao pintar, domina à vontade também a escultura e a arquitetura. Sua plasticidade não é rica somente de uma particular potência pictórica, mas também " e certamente por sugestão cromática " de escultura bem como de arquitetura.

Por outro lado é inegável que suas formas " usadas com parcimoniosa sabedoria " dão a suas obras a sugestão de um relevo paisagístico e por conseqüência uma estrutura arquitetônica.

Enquanto a memória se preocupa na busca de lides passadas, repletas de recordações e predileções, seus trabalhos levam o observador a um abandono fantasioso.

Fraser sabe interpretar aldeias e colinas, vegetações, flores e pássaros com estilo personalíssimo que nos devolve a mais calorosa emoção do real com a mais visionária transfiguração da qual somente alguns mestres modernos como Kokochska foram capazes.

Conservando sempre um notável nível de expressividade, sua pintura é imediata e vibrante. Desde a primeira impressão ela exprime felicidade e transmite um cromatismo primaveril envolvente.

Trabalhos mais recentes revelam a sensibilidade particularmente acentuada do artista, que, através de uma composição habilmente estruturada e de um cromatismo diversificado, dá vida a ambientações que sugerem aquelas emoções autênticas que somente obras verdadeiras podem suscitar.

Na obra Shot Unfortunately, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, é evidente que a pintura de Christopher Fraser nasce da vontade de uma participação viva com o mundo atual, de dar forma a um mundo passado, um seu universo feito de tranqüilidade e de paz. Essa atitude com relação aos problemas atuais não significa um afastamento da realidade que o circunda mas um convite ao observador de viver no clima de um verdadeiro jardim do Éden.

O artista

C.D. Fraser, pseudônimo de Christopher David Fraser, nasceu em Belfast, Irlanda do Norte e mudou-se para a Inglaterra, ainda na infância, onde começou a desenvolver o interesse pela musica e pelas artes plásticas.

Após tocar em bandas, quando adolescente, e fazer shows pela Europa, começou a desenhar capas de discos. A necessidade de criar arte gradualmente o levou da composição musical a ganhar uma distinção no GNVQ " General National Vocational Qualification at Bournemouth and Poole School of Art and Design ", quando então começou a desenvolver pinturas a óleo, esculturas, desenhos, colagens e gravuras.

Em seguida graduou-se em Artes Plásticas no Falmouth College of Fine Art, em Cornwall, quando seu trabalho começou a ser realmente conhecido. Posteriormente, participou de exposições na Bournemouth University Gallery (1999); Royal Polytechnical Society of Cornwall, Inglaterra (2000); Red House Museum em Christchurch, Hampshire, Inglaterra (2001); Cornish Art Society Gallery em St. Ives, Cornwall, Inglaterra; Upton House em Country Park, Dorset, Inglaterra (2003); e Poole Arts Centre em Poole, Dorset, Inglaterra (2004/2005).

Recentemente no Brasil preparou uma série de trabalhos que foram expostos em São Paulo e Piracicaba. Suas obras encontram-se em diversas coleções particulares na Inglaterra, no Brasil e no acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp