Policiais civis em greve vão garantir serviços relacionados às eleições


30/09/2008 16:19

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Policiais civis compareceram nesta terça-feira, 30/9, ao Plenário da Assembléia Legislativa<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/09-2008/FOT_0008.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Cerca de 500 policiais civis em greve vieram nesta terça-feira, 30/9, à Assembléia paulista na tentativa de conquistar o apoio dos partidos políticos com representação na Casa às reivindicações da classe, mas principalmente para descaracterizar qualquer possibilidade de conotação política da greve, já que a Casa é composta por 94 deputados integrantes de 14 partidos políticos. A data foi escolhida como símbolo pela passagem do aniversário da Polícia Civil, comemorado em 30 de setembro.

De acordo com o comando de greve, os policiais, paralisados há 15 dias, irão garantir os serviços relacionados às eleições tanto no primeiro como no segundo turno.

A classe iniciou o movimento reivindicatório por uma reforma ampla na Polícia Civil, que passaria por melhores salários. Segundos cálculos do Dieese, os vencimentos dos policiais de abril de 2005 até hoje, sofreram defasagem de 96%. Hoje, entre outras reivindicações, o movimento quer que o governo atribua 15% neste ano; e se comprometa a conceder 12% em 2009 e 12% em 2010.

Durante a sessão ordinária desta terça-feira, os policiais lotaram as galerias do plenário Juscelino Kubitschek e ouviram o pronunciamento dos parlamentares. Carlos Gianazzi (PSOL) chegou a sugerir a obstrução da votação do orçamento estadual para 2009, a ser apreciado pela Casa até o final do ano, como forma de pressão para que o governador encaminhe projeto à Casa contemplando as reivindicações dos policiais. Sobre isso, o líder do governo na Assembléia, deputado Barros Munhoz, declarou que a sugestão foi inoportuna. "Ao invés de pôr lenha na fogueira, o deputado deveria convencer os grevistas a voltarem ao trabalho para que possam ser retomadas as negociações", afirmou.

alesp