Comissão apura suposto abuso de autoridade do secretário de Segurança Pública


27/09/2005 18:02

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Fábio Rodrigues Pimentel, delegado de polícia do GOE e deputado Afanasio Jazadji <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/ComsegDel Fabio Rodrigues Pimentel15MAU.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Mauro Guimarães Soares, delegado de polícia titular do 15º Distrito Policial<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/ComsegMauro Guimaraes Soares07MAU.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A Comissão de Segurança Pública, presidida pelo deputado Afanasio Jazadji (PFL), realizou nesta terça-feira, 27/9, reunião extraordinária com a finalidade de ouvir pessoas que participaram da ocorrência policial, em 14/5 deste ano, nos arredores do restaurante Kosushi, no Itaim, quando supostamente Saulo de Castro Abreu Filho, secretário de Segurança Pública, teria praticado abuso de poder.

Conforme veiculado na imprensa à época, o bloqueio de ruas na região provocou grande congestionamento de carros, o que teria irritado o secretário e o levado a acionar viaturas do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil, que acabou por deter dois seguranças e o proprietário do restaurante.

Convidado pela Comissão, Fábio Rodrigues Pimentel, delegado de polícia do GOE, disse ter sido acionado "via rádio" para ir ao local porque estava em ronda naquela região. Pimentel também afirmou não ter sido informado que o secretário estava no restaurante ou que tenha solicitado a intervenção policial. Ele declarou que tomou ciência da presença de Saulo no local em razão de reconhecer a viatura e colegas policiais que fazem parte da escolta do secretário.

Questionado pelos parlamentares sobre a necessidade de algemar e conduzir os seguranças e o proprietário do Kosushi ao distrito policial, o delegado afirmou que foi tratado com descaso por eles " não lhe respondiam as perguntas " e chegou a ser "peitado" por um dos seguranças.

Para o deputado Vanderlei Siraque (PT), a irregularidade se deu na liberação para a entrada do carro do secretário na rua obstruída, já que o bloqueio parcial, que libera o acesso apenas para moradores e comerciantes, foi autorizado pela CET.

Já a deputada Rosmary Corrêa (PSDB) afirmou que os seguranças se portaram como "donos da rua", pois não tinham competência legal para averiguar quem poderia adentrar na via.

Embora convidados, não compareceram à reunião os seguranças, o proprietário do restaurante, nem o jornalista César Tralli, da Rede Globo, que, segundo testemunho de Mauro Guimarães Soares, delegado de polícia titular do 15º Distrito Policial, compareceu àquela delegacia de forma exaltada.

Ao final da reunião, os deputados decidiram que, antes de ouvirem Saulo de Castro, convidarão novamente os que não compareceram, bem como a delegada que lavrou a ocorrência e o delegado de permanência do Centro de Comunicações da Polícia Civil (Cepol) para que este informe quem solicitou a presença policial no local.

Além de Siraque e Rosmary, participaram dos questionamentos os deputados Romeu Tuma (PMDB) e Coronel Ubiratan (PTB).

alesp