Assembléia Popular


02/05/2007 20:12

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Sílvio Luiz del Giudice<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/TRIB Silvio Luiz Del Giudice (2).jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> José Roberto Alves da Silva<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/TRIB Jose Roberto Alves da Silva (5).jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Maria Lima Matos<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/TRIB Maria Lima Matos (4).jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> José Leonilson de Queiroz Almeida<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/TRIB Jose Leonilson de Queiroz Almeida (6).jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Robson César Correia de Mendonça<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/TRIB Robson Cesar Correia de Mendonca (10).jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Contra os camelôs

Ao assumir a tribuna, Rodolpho Barbosa, da União da Juventude Paulista (UJP), saudou os trabalhadores paulistanos que lutam por um trabalho digno e parabenizou as autoridades municipais pela retirada das ruas da capital dos camelôs. Segundo ele, os camelôs têm que ser retirados das ruas porque atrapalham os comerciantes legalmente estabelecidos e fomentam o narcotráfico e o contrabando atrás da fachada de tênis importados e CD"s pirateados.

Avaliação dos professores

Mauro Alves da Silva, do Grêmio Social Recreativo Sudeste (SER), indagou "quem é que vai avaliar os professores?", questionando os critérios para avaliação desses profissionais. Ele sugere a criação de mecanismos para que pais e alunos avaliem os professores e afirma que "temos o pior ensino do Estado de São Paulo".

Políticos omissos

José Leonilson Queiroz Almeida, do Instituto Capivari Filhos da Terra, manifestou sua discordância com o colega Rodolpho Barbosa. Criticou o prefeito Gilberto Kassab pelas medidas contra os camelôs e acusou-o, declarando que ele "quer a cidade limpa e o povo de barriga vazia". Almeida disse que entre os camelôs existem trabalhadores honestos que precisam sustentar suas famílias. Ele se referiu ainda aos políticos que procuram votos e depois de eleitos não recebem mais seus eleitores. "O povo é fedido depois das eleições", afirmou.

Problemas de Parelheiros

Josanias Castanha Braga, do Movimento de Saúde Parelheiros, denuncia a precariedade do trânsito no local: existe um projeto para construção de uma rotatória que, segundo ele, espera a aprovação há um ano, mas não sai do papel. Há locais que necessitam da instalação de lombadas que venham a contribuir pela diminuição de mortes por atropelamento causados por excesso de velocidade. Conclama o Presidente da CET, Roberto Salvador Scaringella, que na sua visão só entende do trânsito do centro de São Paulo, a restabelecer a ordem do tráfego local. Registrou também reclamação contra ordem de derrubada de casas na área pelo subprefeito de Parelheiros, Walter Tesch, que "derruba até casa de João-de-barro e deveria ser substituído por alguém que melhor desempenhasse suas funções". Por todos esses problemas, argumenta, o trabalhador de São Paulo nada teve a comemorar neste 1º de maio.

Problemas de São Paulo

Na opinião de Sílvio Luiz Del Giudice, líder dos moradores do Jardim Tremembé, os representantes do governo estadual deveriam fornecer regularmente estatísticas confiáveis sobre ensino, orçamentos, situação carcerária e de outros setores da sua responsabilidade, mas que não o faz, dificultando assim a realização de estudos que permitam o desenvolvimento de sugestões que poderiam solucionar os problemas. Na sua visão, todos os partidos, com a exceção do PCdoB e do PT, compactuam-se com a política criminosa do PSDB e do PFL, cujo governo não se interessa pelas dificuldades do cidadão comum.

Apoio à associação de funcionários

O representante da Associação dos Funcionários Civis e Militares do Brasil, Clóvis Oliveira, que comparece a todas as reuniões estaduais das entidades, informa que o governador de São Paulo foi o único que não se apresentou aos encontros, onde se discutem os problemas dos filiados e suas soluções. Segundo recorda, Mário Covas foi o último governador a tomar conhecimento das dificuldades da entidade e oferecer soluções. Em sua opinião, os funcionários públicos são tratados como "lixo humano" e o importante papel que desempenharam no desenvolvimento do Estado de São Paulo é solenemente ignorado, nada recebendo em troca de sua prestação de serviço.

Assalto à mão armada

A comemoração do Dia Mundial do Trabalho foi questionada por Robson César Correia de Mendonça, do Movimento pelos Direitos da População em Situação de Rua em São Paulo. "Como celebrar com tanta escravidão, massacres e desrespeito ao ser humano e à própria vida? ", questionou Robson. Ele também criticou a ação da Guarda Civil Metropolitana, pois ela estaria pegando cobertores, objetos e até dinheiro dos moradores de rua. "Para o promotor de Justiça, isso configura apropriação indébita, mas para mim, é assalto a mão armada", protestou.

Corrupção vergonhosa

Apontando para o pavilhão nacional, Luiz Silveira, do Movimento Brasileiro Contra a Indústria da Doença, afirmou que os juízes envolvidos nos recentes escândalos de venda de sentença são uma vergonha para o Brasil. Para Silveira, o ministro Paulo Medina, que segundo o orador também estaria envolvido em fraude num concurso para a magistratura no Paraná, já deveria ter saído do Superior Tribunal de Justiça. Ele também afirmou que não é a população brasileira o foco de corrupção no país, nem os bingos ou jogos de bicho, mas sim o Judiciário, que não julga como deveria.

Cidadania e direitos políticos

Maria Lima Matos, delegada de polícia aposentada e presidente da entidade Mulheres em Defesa da Vida, falou que as prerrogativas de cidadania e direitos políticos não são garantidos aos funcionários do governo Serra. "Militares e funcionários como o delegado Drauzio Fernandes e o soldado Pereira morrem com o mesmo requinte de crueldade pelas mãos de criminosos sem que o governo estadual fizesse nada".

Atenção para a juventude

Anderson Cruz, do Instituto Educação São Paulo, afirmou que abril é o mês da juventude e que o governo federal deveria ter aproveitado essa oportunidade para apresentar algum plano para os jovens do Brasil. Cruz reclamou da falta de médicos especializados para os adolescentes. Ele criticou também a diminuição de ofertas de bolsas de estudo do Pró-Uni; segundo Anderson, o governo anunciou que duplicaria o investimento nessa área, mas o que se viu foi diminuição de verba.

Apoio da iniciativa privada

Maria Aparecida Nascimento, da Associação Deus Vivo da Galiléia, disse que essa entidade presta serviços comunitários na região da Vila Brasilândia há 20 anos, mas que carece de apoio da iniciativa privada. Ela avisou que no próximo dia 12/5 haverá naquele local um fórum para debater assuntos referentes ao exercício da cidadania.

Discussão equivocada

José Roberto Alves da Silva, do Movimento Comunidade de Olho na Escola Pública, criticou um programa da TV Senado em que um grupo de senadores discutia questões como a violação da Constituição Federal. Acusou os senadores de formarem quadrilha para defender o crime. Segundo ele, a tipificação do que é crime está na legislação, e que "basta ler a lei para se ver o que está sendo feito no país". Ele propõe que seja votada na Câmara a inconstitucionalidade da matéria.

Laudo médico

Orlando Ruiz, morador do Jardim Tremembé, contou que há seis meses está inscrito no posto de saúde de seu bairro para consulta com um médico ortopedista e até agora não conseguiu. Afirmou que precisa de um laudo médico para se aposentar, pois seu problema nas pernas o impede de trabalhar. Aos 60 anos, Orlando Ruiz acredita que não conseguirá mais emprego, ainda mais por possuir sérios problemas de saúde.

Ponte da vergonha

Cremilda Estella Teixeira, do Núcleo de Apoio a Pais e Alunos (Napa), agradeceu o apoio do assessor Luís Augusto, do deputado Mozart Russomano, o qual, segundo ela, é simpático à causa de pais e alunos. Em contrapartida, criticou outro assessor que teria tumultuado a Assembléia Popular da semana passada. Cremilda discordou do fato de hoje não haver aula na rede pública em decorrência da "ponte" do feriado. "Essa é a ponte do nada a coisa nenhuma, a ponte da vergonha", afirmou. Para ela, as professoras não deveriam sequer ter direito ao 1º de maio pois não se consideram trabalhadoras, mas "seres acima do bem e do mal".

Salário defasado

José Martins Leal, do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, disse que o governador está "empurrando com a barriga" a questão salarial dos policiais civis e militares. Segundo ele, há um descaso em relação aos funcionários públicos de modo geral. Ano passado, contou, houve um pequeno reajuste nos vencimentos dos policiais e nenhum nos proventos dos aposentados. "Parece que o governo caminha no mesmo sentido este ano", considerou. Finalizou convidando a todos para a assembléia da categoria que se realizará no dia 9 de maio.

Mãos erradas

Ricardo Monteiro Souza, o Mandela, criticou o judiciário por estar nas "mãos erradas". "O Medina não tem capacidade para ocupar o cargo", opinou. Disse que o judiciário vive uma "vergonha" em razão de uma política "mafiosa" e "traidora". Comentou, também, suposta declaração de Ciro Gomes publicada em jornal em que o ministro afirmava que "o PSDB de São Paulo tem horror de pobre, preto e nordestino". "Quero saber se essa declaração é verdadeira", finalizou.

Dignidade para o morador de rua

Robson César Correia de Mendonça, do Movimento pelos Direitos da População em Situação de Rua em São Paulo, manifestou indignação com o tratamento dispensado pelos policiais aos moradores de rua na capital. Disse que o governador José Serra é incompetente para governar São Paulo e não tem condições de dar diretrizes para a Guarda Civil Metropolitana. "Queremos dignidade e o direito de sermos cidadãos livres", disse Mendonça. O orador foi muito aplaudido pelos presentes quando criticou a ação das autoridades em relação aos moradores de rua, que deverão ser "empurrados para debaixo do tapete durante a visita do Papa".

(Republicado por ter saído com incorreções na edição do dia 26 de abril de 2007, do DO Legislativo)



O programa Assembléia Popular coloca uma tribuna à disposição dos cidadãos que queiram expor sua opinião a respeito de um tema de interesse da comunidade, todas as quartas-feiras, das 12h às 13h. As inscrições podem ser feitas no próprio dia em que os oradores pretendem fazer uso da palavra, das 11h15 às 11h45, no auditório Franco Montoro, no andar Monumental da Assembléia Legis­lativa. Para isso, os interessados devem preencher um formulário no local, res­pon­sabilizando-se pelas opiniões que serão emitidas. É necessária a apresentação de documento de identidade. Cada inscrito pode falar por, no máximo, dez minutos. As sessões da Assembléia Popular são transmitidas pela TV Assembléia aos sábados, às 12h, pelos canais 13 da NET e 66 da TVA.

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