Ignez de Arteaga transforma a essência dos temas numa sugestão bem expressionista e original

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
29/11/2006 14:37

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Ignêz de Arteaga<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/M-ignez2.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> <i>Aros Azuis</i><a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/M-ignez1.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A característica peculiar nas pinturas de Ignez de Arteaga é a cor, que assume o papel de transmitir o mundo interior da artista: uma cor mágica, portanto viva, que lembra os grandes mestres. Com a palpitação e a emoção do belo, a artista anima e exalta a interpretação dos quadros que elabora e desenvolve com paixão.

Kandinsky, ao descobrir a teoria das cores, escrevia: "O azul é o princípio masculino, espiritual e áspero. O amarelo é o princípio feminino, doce, leve e sensual. O vermelho é a matéria, brutal e pesada, cor que deve ser eternamente combatida pelas duas outras".

Entretanto, os quadros de Ignez de Arteaga possuem um cromatismo expressivo e um desenho forte, cujas estruturas, materializadas através de amplas linhas rítmicas com tons azuis e amarelos bem luminosos " característica da teoria de cores que adotou ", são pintadas de maneira clara e evidente.



Em suas mais recentes obras, ela alcança uma fisionomia expressionista bem definida e demonstra saber renovar de maneira original seu modo de pintar, submetendo a matéria às sugestões do tema, em vez da própria imaginação, mas na freqüência e na variedade dos estímulos que derivam da modernidade. Trata-se de uma personalidade segura e suas telas têm um toque de originalidade e sensibilidade particulares.

Segundo sua fantasia, a artista procura executar composições formais, exatamente como o compositor cria formas sonoras. Na realidade, o que conta para ela é alcançar a imagem original a partir de uma imagem casual.

Tratando seus temas como objetos, seus quadros insinuam o início de um processo de abstração através da simplificação das formas.Transformar a essência dos temas numa sugestão parece-lhe mais importante do que efetuar uma representação "exata", em respeito aos cânones acadêmicos.

Na obra Aros Azuis, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, as cores de Ignez de Arteaga atingem um fantástico grau de clareza e servem para caracterizar mais a essência do objeto que o próprio objeto, ao introduzir linhas de força como símbolos de luz e de energia.

A artista

Ignez de Arteaga, pseudônimo artístico de Maria Inês de Arteaga, nasceu em São Carlos, SP, em 1946. Formou-se pela Faculdade de Belas Artes Santa Marcelina, São Paulo (1965), e estudou em Montevidéu, Uruguai, no ateliê do ceramista espanhol José Collet, aluno do pintor Torres Garcia, especializando-se na técnica de engobe (1968).

Entre 1986 e 1992, freqüentou ateliês de renomados artistas plásticos, assim como trabalhou com diferentes técnicas de cerâmicas, que muito contribuíram para sua formação artística.

Participou das seguintes exposições coletivas: Jo Slavieroe & Guedes Galeria de Arte, São Paulo; Sociarte, São Paulo (2004); Clube Monte Líbano, São Paulo (1992/2000); Salão Inter Clubes de Artes Plásticas, São Paulo (1999); Jo Slaviero Galeria de Artes (1998); Sesc, São Paulo (1998); Arte BA 98, Centro Cultural Gral San Martin, Buenos Aires, Argentina (1998); Concurso Nacional da Accademia Internazionale D'Arte Moderna, Roma (1990 e 1997); Salão de Arte Contemporânea, E. C. Pinheiros, São Paulo (1987); Salão de Artes Plásticas Flavio Phedo, São Paulo (1987); V Salão Anual Atelier Rodrigues Coelho, São Paulo (1987/1993); Salão da Marinha, Rio de Janeiro (1998): I Expo Cartões de Natal (1988); Salão Oficial da Secretaria de Turismo, de Campos de Jordão, São Paulo (1997); Casa da Cultura Mario Quintana ,Porto Alegre, RS (1987); Guia de Artes Plásticas da Pinacoteca do Estado, São Paulo (1987); III Salão Internacional das Nações, Edifício da Bienal, São Paulo (1988); VI Salão de Artes Plásticas, Rio Claro, SP (1988); VI Salão da União Cultural Brasil/Estados Unidos (1988); Sociarte, São Paulo (1992).

Esteve presente nas exposições individuais que se seguem: Zamora Galeria de Arte, Buenos Aires, Argentina (1998); Arte BA 98, Centro Cultural de Exposições, Buenos Aires, Argentina (1998); Jo Slaviero Galeria de Artes, São Paulo (1997); Mostra de Arquitetos e Decoradores de Campos do Jordão, SP (1995); Galeria Espaço SP (1992); Galeria Ícaro Room, Varig, Nova York, Estados Unidos (1991); Galeria Manzione, Punta Del Este, Uruguai (1990); e Galeria Calle Entera, Montevidéu, Uruguai (1989).

Obteve inúmeras premiações. Suas obras encontram-se nas seguintes galerias: Calle Entera, Montevidéu, e Galería Manzione, Punta Del Este, Uruguai; Zamora Galeria de Arte, Buenos Aires, Argentina; Galeria Au Temps Que Passe, Genebra, Suíça; Jô Slaviero Galeria de Arte, São Paulo; Galeria Espaço São Paulo; e Joel Goldstein, Nova York, Estados Unidos.

Suas obras encontram-se nos acervos dos escritórios regionais da Unesco, da OEA e da Aladi em Montevidéu e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp