Região de governo de Bauru

Audiências públicas em Jaú e Bauru
15/09/2005 18:00

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Município de Bauru se destaca na área da Educação

Localizado na área centro-oeste do Estado, distante 290 quilômetros da Capital, Bauru é a sede de uma região de governo composta por dezenove municípios. Devido ao cultivo de café e à construção da Estrada de Ferro Sorocabana, no início do século passado, a região teve grande desenvolvimento político-administrativo na ocasião. Atualmente, Bauru, com população estimada em 343 mil habitantes, território de 674 km², tem como principais atividades econômicas o comércio e a prestação de serviços. O município tem, ainda, três distritos industriais, desenvolvida atividade agropecuária, e cinco universidades que agregam 18 mil universitários.

História

A vasta região onde hoje se localiza Bauru era, antigamente, habitada por indígenas. Data de 1934 os primeiros desbravadores da cidade, mas o atributo de fundador da cidade foi dado, no entanto, ao bandeirante mineiro Azarias Ferreira Leite que ali chegou em 1889, iniciando a cultura de café em sua fazenda. Com isso, outros pioneiros foram atraídos para o povoado, que passou a ser grande produtor de café. Em 30 de agosto de 1893, foi criado o distrito no extinto município de Espírito Santo da Fortaleza. Em 1º de agosto de 1896, a sede do município foi transferida de Espírito Santo da Fortaleza para o povoado de Bauru, assumindo o município esta denominação.

Região de governo

De acordo com a classificação proposta pela Fundação Seade " por meio do Índice Paulista de Responsabilidade Social, que afere os indicadores econômicos e sociais das cidades e as classifica em grupos, numa escala de 1 a 5 " observa-se que das dezenove, apenas o município sede se encontra no grupo 1, pois apresenta um nível elevado de riqueza com bons indicadores sociais.

Agudos, Arealva, Borebi, Duartina, Iacanga, Lençóis Paulista, Pederneiras e Piratininga estão classificadas no grupo 3, que agrega as cidades com nível de riqueza baixo, mas com bons indicadores sociais. Já Avaí, Cabrália Paulista, Lucianópolis, Macatuba, Paulistânia, Pirajuí, Reginópolis e Ubirajara, por apresentarem nível de riqueza baixo, mas com níveis médios de longevidade situam-se no grupo 4. Completam esta região de governo Iacanga e Presidente Alves. Ambos estão no grupo 5, que reúne os que estão em pior situação no IPRS.

Educação e mortalidade

Bauru apresenta índice de analfabetismo da população de 15 anos ou mais, de 5,24%. Em conjunto, a região de governo apresenta índice de 7,10%, maior que a média estadual (6,64%). Em 2004, a região apresentou índice de 6,29% de mortalidade geral a cada mil habitantes, equivalente à média estadual (6,18%). Já o índice referente à mortalidade por agressões dessa região, de 13,51 a cada cem mil habitantes, é bem inferior à da média do Estado, que é de 28,40. Em relação à longevidade, a região apresenta índices semelhantes à média estadual.

Saúde e saneamento básico

Com base nos dados de 2003, da Fundação Seade, verifica-se que essa região de governo teve uma despesa per capita com Saúde aquém da média estadual. Enquanto o Estado gastou cerca de R$ 170, em média, com habitante, esta região de governo gastou apenas R$ 115. O município sede gastou menos ainda, cerca de R$ 100. O Coeficiente (de 4,17 por mil habitantes) de leitos gerais ou especializados situados em estabelecimentos hospitalares públicos ou privados, conveniados ou contratados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) destinados a prestar atendimento gratuito à população, está acima da média estadual, que é de 1,97 por mil habitantes. Por sua vez, Bauru tem um coeficiente ainda mais alto (5,10).

Em relação ao saneamento básico, que engloba abastecimento de água, esgoto sanitário e coleta de lixo, Bauru e os demais municípios apresentam índices semelhantes à da média estadual.

Demografia

Esta região de governo tem uma população estimada em 586.324 habitantes numa área de 8.589 quilômetros quadrados. A taxa geométrica de crescimento da população, de 1,53% ao ano, se encontra abaixo da média estadual, que é de 1,72%. Em relação à urbanização, o índice de 82,28% também é inferior à da média do Estado (93,65%).

Trabalho e Riqueza

A maioria dos trabalhadores desta região de governo atua no comércio e na prestação de serviços, sendo que a indústria responde por uma pequena parcela no emprego de mão de obra. No ranking estadual de riqueza proposto pela Fundação Seade, que leva em consideração critérios como consumo de energia elétrica em residências, agricultura, comércio e nos serviços, bem como a remuneração média dos empregados com carteira assinada e do setor público, esta região foi classificada, segundo dimensões do IPRS, na categoria alta.

Em 2004, com exportações, esta região faturou R$ 245 milhões e apresentou um Produto Interno Bruto (PIB), em 2002, de R$ 4,7 bilhões. A frota de veículos da região é de 200 mil carros. Em julho de 2000, o rendimento médio das pessoas responsáveis pelos domicílios (R$ 950) ficou abaixo da média estadual, que foi de R$ 1.076. Bauru, entretanto, apresentou rendimento salarial na faixa de R$ 1.131.



Região de Jaú situa-se na área central do Estado

Sede de governo de uma região composta por dez municípios, Jaú, distante cerca de 300 quilômetros da capital, localiza-se na área central do Estado. A cidade, com território de 687 km² e população de 122 mil habitantes, tem como principais atividades econômicas as indústrias calçadista " que agrega cerca de 200 fábricas ", têxtil, alimentícia e metalúrgica. A cultura canavieira também se destaca na região, sendo grande produtora de açúcar e álcool.

História

Jaú comemorou em 15 de agosto deste ano 152 anos de fundação. Conhecida na época de seu surgimento como Barra do Ribeirão de Jaú, esta região costumava ser ponto de descanso dos bandeirantes que estavam a caminho das minas de Cuiabá, seguindo pelo rio Tietê. Resultado da iniciativa de alguns de seus moradores, que, reunidos na fazenda de Lúcio de Arruda Lima, decidiram fundar o povoado com terras doadas por Francisco Gomes Botão e tenente Manoel Joaquim Lopes, entre a margem esquerda do rio Jaú e a do córrego da Figueira. Os próprios povoadores tratavam de executar os planos da futura cidade e, entre as primeiras construções, estavam um cemitério e uma choupana destinada a serviços religiosos católicos. A antiga capela de Nossa Senhora do Patrocínio do Jaú, em território de Brotas, no município de Rio Claro, foi elevada a curato por provisão de 1856, ordem do bispo de São Paulo, dando início ao desenvolvimento político-administrativo do município de Jaú.

Municípios

De acordo com a classificação proposta pela Fundação Seade e com base nos indicadores econômicos e sociais das cidades, constata-se que esta região de governo, composta por apenas dez municípios, se encontra em situação heterogênea. No grupo 1, por apresentarem nível elevado de riqueza com bons indicadores sociais, estão Barra Bonita e Jaú. No grupo 3, que agrega cidades com nível de riqueza baixo, mas com bons indicadores sociais, estão Bariri e Itaju. As cidades de Bocaina e Boracéia, por apresentam índice de riqueza baixo, mas com nível médio de longevidade, estão no grupo 4. Dois Córregos, Igaraçú do Tietê e Itapuí, municípios em pior situação no IPRS, estão no grupo 5.

Educação e mortalidade

Nesta região, o índice de analfabetismo da população de 15 anos ou mais, é de 9,13%. Jaú, com uma taxa de 7,42%, embora menor que a média regional, tem um índice acima da média estadual, que é de 6,64%. Quanto à taxa de mortalidade geral a cada mil habitantes, Jaú e região, com índice de 7%, estão próximos da média estadual, que é de 6,18%. Por sua vez, em relação à mortalidade por agressões percentuais, a região tem índices muito melhores que a média estadual, pois, enquanto o Estado tem 28,40 vítimas a cada cem mil habitantes, a região apresenta 5,82 mortes por agressões. Em relação à longevidade, com base em classificação proposta pela Fundação Seade, Jaú se encontra na categoria considerada alta, já a região, em categoria média.

Saúde e saneamento básico

O valor gasto com Saúde, por habitante, nesta região está aquém da média do Estado. Em 2003, enquanto a média estadual ficou na faixa dos R$ 170, esta região gastou por volta de R$ 105. Jaú, com um gasto médio de R$ 85, foi ainda mais econômico. Em relação ao saneamento básico, que envolve abastecimento de água, esgoto sanitário e coleta de lixo, Jaú apresenta índices semelhantes à média estadual.

Demografia

Com uma área territorial de 3 mil quilômetros quadrados, esta região de governo tem uma população estimada em 280 mil habitantes. A taxa geométrica de crescimento da população desta região de 1,58% ao ano, se encontra abaixa da média estadual, que é de 1,72%. Em relação à urbanização, o índice de 95,51% é superior à da média do Estado (93,65%).

Trabalho e Riqueza

Assim como na região de Bauru, o comércio e a prestação de serviços também são os setores responsáveis por empregarem a maioria dos trabalhadores desta região, mas o trabalho nas indústrias tem sua importância na economia regional. No ranking municipal de desenvolvimento humano, que classifica o município em relação a outras cidades do Estado, de acordo com índices de longevidade, educação e renda, apenas Jaú e Barra Bonita estão entre os cem mais bem posicionados.

Em 2004, com exportações, esta região faturou, em reais, cerca de 41,5 milhões, sendo que Jaú, com cerca de 19 milhões em exportação, foi responsável por quase metade deste valor. O PIB desta região, de R$ 2,2 bilhões, é inferior ao da região de Bauru. Jaú, município sede desta região de governo, com R$ 738 milhões, é responsável por quase um terço do PIB regional. A frota de veículos da região é de 97 mil carros. Em julho de 2000, Jaú apresentou uma média salarial R$ 890. Já o rendimento médio das pessoas responsáveis pelos domicílios na região foi R$ 790, mas ambos ficaram aquém da média estadual naquela ocasião, que foi de R$ 1.070. (JR)

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