Museu de Arte do Parlamento de São Paulo - Sidney Lacerda


08/11/2010 14:10

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O construtivismo onírico de Sidney Lacerda envolve pintura, escultura e arquitetura



No abstracionismo é comum descobrirmos duas correntes: a tendência a um lirismo entendido como pura aspiração formal e outra mais próxima de certos influxos da Bauhaus, em direção a uma arte de pura percepção que busca superar todo limite entre pintura, grafismo, escultura, arquitetura, produto funcional ou arte aplicada à indústria.

Embora apaixonado pelas experiências, Sidney Lacerda não renuncia à pintura: cria obras que se relacionam particularmente com a geometria e um certo construtivismo, desenvolvidos como evolução de linhas irregulares, num ritmo modulado, em que a cor tímbrica acentua a ideia do infinito. São composições inventadas com rigorosa tensão mental, que se impõe por sua limpidez criativa.

Sem subterfúgios ou nostalgias românticas, desenvolve um discurso rigoroso mas sempre próximo dos problemas da civilização em que vivemos. Esse vigor tornou-se para ele um costume que o afasta de todo e qualquer modismo temporário.

Quem tem a ocasião de se aproximar da obra de Sidney Lacerda se encanta com a clareza com a qual o artista simplifica cada coisa a fim de obter a verdadeira substância de sua mensagem. No desenvolvimento de suas composições não figurativas, usa seus temas dentro de linhas as mais diversificadas.

Participando da vida de nossos dias, não entendida como espetáculo ou aparência, mas como fonte de experimentação, encontramos em sua obra raízes realísticas.

Suas composições da série "Construções oníricas" nos apresentam na realidade um novo conceito urbanístico-arquitetural. Partindo de pequenos objetos tridimensionais aplicados em suporte de madeira e envolvidos com uma forração de mica, terra ou tinta, o artista alcança uma ideia arquitetônica que se relaciona muitas vezes com um plano de construções de uma típica cidade-satélite.

Na obra "Cidade dos sonhos", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, Sidney Lacerda se move do cubismo, não em direção a uma estática monumentalidade de volumes, mas para colher, através do rigor estilístico e do equilíbrio das imagens, o sabor da emoção de viver.



O artista

Sidney Lacerda (pseudônimo artístico de Sidney Chaves Lacerda) nasceu em 1966, em Bandeiras, Minas Gerais. Em 1982, mudou-se com sua família para São Paulo, onde fez o curso secundário.

Iniciou-se nas artes com a professora e crítica de arte Ernestina Karmann, com quem teve aulas de história da arte e pintura. Fez cursos complementares de cerâmica esmaltada, raku e escultura em argila.

Sua primeira apresentação em São Paulo foi em 1992, com uma performance no Espaço Multivisão do Centro Cultural do Liceu de Artes e Ofícios intitulada "O mundo em que vivo".

Participou ainda das seguintes exposições: Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, "O mundo em que vivo", SP (1992); Oficina Cultural Tibor David, SP (1993); "Regresso", no Atelier do Artista (1994); Painel ABCA - Associação Brasileira de Críticos de Arte (1995); "Encontro com a arte", Clube Esperia, SP (1996); "Mapa Cultural Paulista", Taboão da Serra (1998); "Passagem", no Atelier do Artista (1999); Pinacoteca "Gaffree Guinle", Santos (2000); Galeria Paulo Prado, SP (2002) e "Beauty Concept", Espaço Cultural Anhembi (2003); "Uma viagem de 450 anos", homenagem aos 450 anos da cidade de São Paulo (2004); "A Hebraica", coletiva (2004); "Exposição Casa Caiada 35", SP (2005); 38º Salão de Arte Contemporânea Piracicaba, SP (2006); Salão de Arte Contemporânea Guarulhos, SP (2006); 11º Salão de Arte Contemporânea de São Bernardo do Campo, SP (2007); "Recortar e Colar " CRTL_+CRTL_V", Sesc Pompeia, SP (2007); "Céu e Terra", Brasil Galery, SP (2007); "Carrinho dos Sonhos", Centro Cultural São Paulo (2007); "Mutilações", Casa das Caldeiras, SP (2010); "Guerreiro da Luz", Performance, Colégio Augusto Laranja, SP ( 2010).

Possui obras em inúmeras coleções particulares e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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