Projeto institui Educação Financeira na rede pública estadual de ensino


21/11/2007 15:06

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Manuel Lóis<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/AUD PUBL EDUCA FINANC Manuel Lois (8)MAU.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Educação Financeira é debatida em audiência pública na Assembléia<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/AUD PUBL EDUCA FINANC GERAL 058MAU.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Claudemir Sagahara <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/AUD PUBL EDUCA FINANC Claudemir Sugahara MAU.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Wilson Roberto Villas Boas Antunes<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/AUD PUBL EDUCA FINANC Wilson Roberto V B Antunes (1)MAU.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Audiência pública debate inclusão da Educação Financeira no currículo da  rede pública de ensino estadual<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/MAU_0134.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Álvaro Modernell<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/AUD PUBL EDUCA FINANC Alvaro Modernell (1)MAU.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Deputado André Soares<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/AUD PUBL EDUCA FINANC Dep Andre Soares (1)MAU.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Mesa de trabalho da audiência<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/AUD PUBL EDUCA FINANC MESA MAU_0011.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>  Celina Martins Ramalho<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/AUD PUBL EDUCA FINANC Celina Martins Ramalho (1)MAU.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O deputado André Soares (DEM) coordenou nesta quarta-feira, 21/11, audiência pública para debater a inclusão da Educação Financeira no currículo da rede pública de ensino do estado de São Paulo. Soares é autor de projeto de lei que propõe a implantação da nova matéria e acredita que se deve orientar os estudantes na montagem de um planejamento das finanças pessoais, de modo sustentável, promovendo a formação e o estímulo à administração racional dos recursos pessoais. No seu entendimento, essa disciplina poderá tanto estimular hábitos de poupança, como instruir sobre as formas de investimentos existentes no mercado, mostrando a importância de poupar e investir para o futuro, o que pode contribuir para um planejamento financeiro mais disciplinado do cidadão.

André Carvalho, assessor do deputado, explicou que faz parte das grandes preocupações do parlamentar a formação educacional do país. Sendo assim, uma de suas primeiras iniciativas aqui na Casa, foi desenvolver projeto de educação financeira, que institui na rede curricular das escolas públicas do ensino médio do estado de São Paulo a disciplina "Educação Financeira", com o propósito de ensinar aos alunos temas como estímulo à poupança, ter consciência da forma responsável de gerenciar seu orçamento pessoal, conhecimentos sobre formas de investir no mercado de capitais, ensinamentos básicos para que o cidadão tenha um conhecimento básico sobre como gerenciar seus recursos financeiros. Segundo André, existem informações de que profissionais com outras formações acadêmicas que não os da área financeira, como o engenheiro ou o advogado, que ainda não tem muito bem definida uma educação sobre o tema financeiro, a eles lhes falta conhecimentos de como bem poupar ou investir. E na opinião do deputado esse é um problema básico, que pode ser prevenido a partir do ensino secundário. Como orientação inicial, o deputado lançou mão de projetos que já incluídos na grade curricular em países como os Estados Unidos e Inglaterra.

Para participar do encontro, foram convidados especialistas de diversas áreas, entre outros: o diretor da Spinelli Corretora de Valores Mobiliários, filiada à Bovespa e à Bolsa de Mercadorias e Futuros, Manuel Lóis, o presidente do Conselho Regional de Economia de São Paulo, Wilson Roberto Villas Boas Antunes, a professora de economia internacional da Fundação Getulio Vargas, Celina Martins Ramalho, o coordenador do Núcleo de Educação Financeira da ONG Educafro Claudemir Sagahara e o consultor financeiro do Money Camp Brasil, Álvaro Modernell. Além desta primeira, deverá haver ainda uma segunda sessão de audiência pública.

O deputado abriu a sessão citando a frase popular que diz que "os jovens são o futuro do país". A seu ver, "a experiência internacional mostra que a educação financeira é de responsabilidade da família e deve ser reforçada pela escola. Nos Estados Unidos o seu ensino é obrigatório nas escolas secundárias, e tem o objetivo de preparar os jovens para a vida adulta. Lá, como na Inglaterra, há a consciência de que as crianças devem aprender, desde cedo, a cuidar do próprio dinheiro, a poupar e investir e entender como funciona o mercado financeiro, desde sua mesada ao investimento de seu trabalho, pois a criança que sabe que deverá juntar uma importância para comprar seus bens será o adulto responsável, capaz de cuidar de suas próprias finanças. A educação financeira, é, acima de tudo, comportamental. Daí a importância de formar a criança na educação financeira e assim formar futuros investidores e empreendedores, mas antes de tudo, formar cidadãos conscientes em relação às finanças".

Manoel Góis sugeriu que não se restrinja, conforme previsto anteriormente, o ensino da educação financeira a profissionais da área, pois há profissionais de todas as áreas igualmente qualificados para ministrar ensinamentos sobre a matéria. Sugeriu também que o ensino poderia ser introduzido gradativamente, o que permitiria uma acomodação gradativa dos envolvidos no processo.

Wilson Roberto sugeriu levar aos estudantes conhecimentos sobre formas de gerenciar recursos e capital no mercado financeiro. Em sua opinião, os jovem devem aprender a lidar com as restrições e limitações típicas do mercado e a consciência de seus direitos e deveres permitirá um melhor exercício da cidadania, além do que, um conhecimento mais profundo dos fundamentos financeiros permite que a sociedade pressione os governantes para um melhor gerenciamento dos orçamentos da nação. Isso tudo levará a resultados diferentes do que ocorre atualmente, que faz com que o país tenha um ínfimo nível de crescimento econômico, quando comparado ao panorama mundial.

A professora da Fundação Getulio Vargas também observou que a relevância da educação financeira vai além do filtro do economista, inclui muitas outras categorias profissionais. Citou os aspectos micro e macro econômicos do processo de ensino financeiro, que prepara o cidadão para interferência consciente nos processos de decisão dos orçamentos públicos, que o afetam diretamente.

Segundo Claudemir, na ONG Educafro, é realizado um trabalho com vários bolsistas dos cursos de economia, administração e contabilidade, que sentem dificuldade de relacionar o que aprendem na academia com seu mundo real, a vida prática. Assim, a preocupação foi transformar o jargão do mercado bancário em palavras do dia a dia, tornando os participantes dos programas em cidadãos conscientes sobre seus gastos, poupança e produtos de crédito. Para isso, conta com o concurso voluntário de profissionais da área financeira, tanto na análise da situação pessoal como na sua capacitação básica na área financeira.

Já para Álvaro Modernell, a formação financeira concorre para a manutenção da dignidade e preparo para melhor situação laboral. Declarou que apóia incondicionalmente o projeto do deputado. Sugere que a educação financeira seja proporcionada desde a mais tenra idade, o que proporcionaria às pessoas maior naturalidade no trato financeiro e um melhor planejamento de suas economias.

alesp