A visão de Beto Boaretto sobre a metrópole: entre abstrata, surreal e um cromatismo luminoso


27/03/2008 11:10

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Beto Boaretto<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2008/Boareto foto corte.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Noturno na Paulicéia<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2008/obra Boareto corte.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A arte de Boaretto é rica de vibrações que narram sonhos, pesadelos e pensamentos profundos sobre a metrópole que o acolhe. Trata-se de uma arte que, partindo da tradição clássica, alcança o mais eficaz expressionismo contemporâneo.

Suas paisagens urbanas se animam com a musicalidade das cores, falam e cantam a própria vida envolvidas por um vibrante cromatismo iluminado pela própria amplitude do céu que, entretanto, se aproxima da "pop-art" de Jackson Pollock.

Boareto é um pintor de figuração naturalista que aporta a uma visão acromática a meio caminho entre orientações abstratas e surreais. O artista possui uma maneira encorpada de espalhar a cor sobre a tela, o que pressupõe uma forte participação da mão e por conseqüência de espírito criativo para a realização de suas pinturas.

Na obra Noturno na Paulicéia, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, Boaretto cria habilmente uma realidade bem subjetivada alcançando assim, momentos expressivos de excelência pictórica e artística.



O artista

Boaretto, pseudônimo artístico de Adalberto Boaretto Jr., nasceu em São Paulo, no ano de 1966. Formou-se em publicidade e propaganda pela Faculdade Casper Líbero em 1987, tendo cursado ainda arquitetura na Faculdade de Belas Artes de São Paulo. Transferiu-se posteriormente para a Scuola di Belle Arti di Venezia na Itália. A partir de 1990 começou a pintar, inspirado pela arte intensamente presente no cotidiano daquela cidade peninsular.

Retornou ao Brasil após 1 ano e meio na Europa, passando a trabalhar como designer gráfico e diretor de arte em diversas revistas de São Paulo. Recebeu diversos prêmios com suas campanhas publicitárias, entre eles "Medalha de Ouro do Prêmio About de Comunicação Integrada", consecutivamente em 1998 e 1999, e uma "Menção Honrosa" no Festival Mundial de Publicidade de Gramado, por um filme publicitário feito em desenho animado para TV, além de ter seus trabalhos publicados na prestigiosa revista alemã "Archive".

A pintura voltou a se manifestar em sua vida a partir do ano 2000, como uma maneira de desenvolver a expressão livre de sua arte. Autodidata, sofreu grande influência do pintor Achiles Luciano no desenvolvimento do seu estilo figurativo e despojado.

Participou de várias exposições coletivas e individuais no Brasil, possui obras em diversas coleções particulares, no Museu de Arte do Trabalho e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp