Faleceu nesta quinta-feira, 19 de maio, no Hospital Santa Cruz, em São Paulo, vítima de falência múltipla de órgãos e pneumonia atípica, o ex-deputado estadual e federal Diogo Nomura. Era nascido na cidade de Registro, Estado de São Paulo, em 3 de março de 1920, era filho de Hidekichi Nomura e de Teru Nomura.

Dentista formado pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, turma de 1945, e em Direito pela Faculdade de São José dos Campos, turma de 1965.

Nas eleições de 14 de outubro de 1951, foi eleito vereador pelo Partido Social Progressista - PSP, do então governador Adhemar de Barros, tendo sido líder da maioria, entre 1952 e 1955. Na sessão legislativa de 1954 foi presidente da Câmara Municipal de Marília.

Candidatou-se e foi eleito em 7 de outubro de 1962, com 6.958 votos, deputado estadual pelo Partido Republicano - PR, assumindo sua cadeira na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo em 15 de março de 1963, para a 5ª Legislatura (1963/1967).

No período de 1963/1967, foi membro efetivo da Comissão de Economia e suplente nas Comissões de Finanças e de Serviço Civil.

Com a extinção dos partidos políticos e a instauração do bipartidarismo filiou-se à Aliança Renovadora Nacional - Arena, partido pelo qual foi reeleito no pleito de 15 novembro de 1966, com 18.574 votos. Tomou posse para a 6ª Legislatura, em 15 de março de 1967. No dia 25 de janeiro de 1968, o deputado Diogo Nomura participou da transferência da sede do Parque D. Pedro para o Parque do Ibirapuera e das festividades da inauguração do novo prédio da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo. Nessa legislatura fez parte como titular das comissões de Economia e na de Agricultura e suplente na de Constituição e Justiça e na de Finanças.

Nas eleições de 15 de novembro de 1970, candidatou-se a deputado federal pela Arena, obtendo 61.428 votos. Eleito, na Câmara Federal foi membro da Comissão de Agricultura e Política Rural e suplente da Comissão de Relações Exteriores.

Em 15 de novembro de 1974, foi reeleito para a Câmara Federal com 57.429 votos, também pela Arena, sendo eleito nessa legislatura, presidente da Comissão de Redação, membro da Comissão de Saúde e suplente da Comissão de Ciência e Tecnologia. Em 1976, como vice-presidente do grupo parlamentar Brasil-Japão, acompanhou a comitiva do presidente da República, Ernesto Geisel, em viagem oficial a Tóquio. Candidatou-se à presidência da Câmara dos Deputados, mas não obteve êxito em sua pretensão.

Foi novamente eleito deputado federal em 15 de novembro de 1978, obtendo 48.586 votos, sendo titular nas Comissões de Trabalho e Legislação Social, de Agricultura e Política Rural e na de Saúde. Com o fim do bipartidarismo se filiou ao Partido Social Democrático - PDS. Em 1981, foi presidente da Comissão de Relações Exteriores.

No pleito de 15 de novembro de 1982, foi mais uma vez eleito deputado federal com 51.531 votos, sendo reconduzido a presidência da Comissão de Relações Exteriores. Candidatou-se à reeleição em 15 de novembro de 1986, pelo partido da Frente Liberal - PFL, mas obteve apenas uma suplência.

Concorreu a Câmara dos Deputados, nas eleições de 3 de outubro de 1990, pelo Partido Liberal - PL, sendo eleito com 39.239 votos. Assumindo sua cadeira de deputado federal, foi 2º vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores e suplente da Comissão de Seguridade Social e Família. Em 29 de setembro de 1992, votou favoravelmente ao impeachment do presidente Fernando Collor. Foi candidato à reeleição em 1994, pelo PL e em 1998 pelo PFL, mas não obteve êxito.

Foi casado com Nobuko Umeda Nomura, com quem teve três filhos, Marco Antonio, Cláudio e Aurélio Nomura, este vereador a três mandatos consecutivos à Câmara Municipal de São Paulo e líder do Partido Verde - PV. O velório do deputado Diogo Nomura tem lugar no Hall Monumental da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, com cremação marcada para 14 horas em Vila Alpina, na Capital.