Sob o tema "Como Viver Junto", começa no sábado, 7/10, às 18h, no prédio da Bienal, no parque do Ibirapuera, a 27ª Bienal Internacional de São Paulo, que, nesta edição, terá a participação de 26 países da União Européia, entre outros. A mostra permanecerá aberta até 17/12 e será palco de uma série de seminários internacionais abordando os mais variados temas do conhecimento humano. Outra novidade é a criação, em vários Estados, de Residências Artísticas, que desenvolverão os aspectos de cada região no campo da arte. Como esta Bienal irá transcender o espaço físico do seu Pavilhão de Exposições, como resultado da parceria criada com a Cinemateca Brasileira e com a Pinacoteca do Estado, decidimos nos associar às manifestações reproduzindo três obras doadas ao Museu da Escultura ao Ar Livre e ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo pela Fundação Bienal em 2001, 2004 e 2005. As esculturas Trilhos Urbanos, dos arquitetos José Magalhães Jr. e José Francisco Xavier, e Emplazamientos, de Juan Fernando Herrán, encontram-se instaladas nos jardins do Palácio 9 de Julho. Já a obra Palácio das Indústrias, de Gregório Gruber, está no interior do prédio. Emplazamientos, de Juan Fernando Herrán " Trata-se de uma escultura arquitetural que está em harmonia com a própria arquitetura do prédio. A tensão de suas formas provém, em grande parte, da oposição entre o volume e forma geométrica pura, oposição esta que força o material a chegar até o limite de sua força de distribuição e de equilíbrio. Trilhos Urbanos, de José Magalhães Jr. e José Francisco Xavier " Instalação escultural que reproduz um trecho de 36 metros de estrada de ferro, pesa 20 toneladas e mostra uma ferrovia cujo trecho final se eleva da terra, mergulhando dentro da noite. A obra foi uma das atrações da mostra "Bienal 50 anos: Uma Homenagem a Ciccillo Matarazzo". A analogia entre os trilhos e a idéia de que para avançar é necessário ter um caminho traçado está gravada na placa alusiva à obra, onde se lê: "Cidade fora dos trilhos; cidade sem trilhos; cidade com trilhos; cidade nos trilhos". Palácio das Indústrias, de Gregório Gruber " Cronista do nosso tempo, pesquisando a transformação de nossa metrópole, o artista procura registrar as etapas de seu desenvolvimento, mas também de sua decadência. A exemplo do homem urbano, seus quadros refletem a solidão do cotidiano. Por outro lado, essa obra reinventa com profunda sensibilidade a arquitetura de linhas medievais florentinas desenhada por Ramos de Azevedo.