Em evento realizado nesta terça-feira, 13/9, no Palácio dos Bandeirantes, com a presença da presidente Dilma Rousseff, foi assinado termo de compromisso que irá liberar recursos federais no valor de R$ 1,72 bilhão para as obras de construção do trecho norte do Rodoanel Mário Covas. O compromisso assinado entre o Ministério dos Transportes, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Secretaria Estadual de Logística e Transportes, e Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), para a construção do trecho norte tem custo estimado em R$ 6,51 bilhões. Dos recursos do governo do Estado virão R$ 2,79 bilhões, R$ 2 bilhões serão de financiamento do governo estadual junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e R$ 1,72 bilhão dos recursos da União.

O governador Geraldo Alckmin falou da honra em receber a presidente Dilma para celebrar convênios de extrema importância para o Estado e para o país. Em Araçatuba, as obras do estaleiro irão gerar mais de 2 mil empregos diretos e indiretos e as obras da hidrovia Tietê-Paraná para eliminar obstáculos, corrigir problemas como pontes estreitas e aprofundar em três metros a calha do rio para garantir a passagem de barcaças com etanol. Quanto às obras do Rodoanel, trecho norte, Alckmin afirmou que vai interligar o maior aeroporto ao maior porto do país, na quarta maior cidade do mundo, São Paulo. Para diminuir problemas de mobilidade de cargas, o governo estadual pretende construir à margem do Rodoanel um Ferroanel, tirando do centro das cidades o transporte de cargas. Asseverou que nesta quarta-feira, 14/9, sairá o edital para o trecho norte do Rodoanel, aberto à concorrência internacional para garantir a construção pelo menor preço possível. Agradeceu a presidenta Dilma pela parceria e lembrou Mario Covas, para quem o conceito de seriedade e honestidade era a integridade.

A presidente Dilma saudou o governador, a quem chamou de excepcional parceiro de governo. Dilma afirmou ser impensável qualquer compromisso que não tenha a cooperação dos agentes federativos. Relembrou sua vinda a São Paulo, em agosto passado, quando firmou parceria com o governo Alckmin para a erradicação da miséria e ressaltou que para obras da envergadura do Rodoanel somente a união dos governos as tornam possíveis. Sobre a construção futura do Ferroanel, a presidenta mostrou-se aberta, dizendo que as cidades com muita aglomeração precisam ter o transporte de cargas retirado de seu centro. Para ela, o Ferroanel cumpre a função dos modais necessários ao desenvolvimento do país. Colocou o Ministério dos Transportes à disposição para cooperação nos planos para o Ferroanel. Para a presidenta Dilma, "a estrutura de exigência das posições políticas não impede o conjunto e a integração dos governos para a execução de obras imprescindíveis ao país".

O presidente da Assembleia Legislativa, Barros Munhoz, destacou que "além da assinatura de cooperação deve ser comemorada a maturidade política demonstrada pelos nossos governantes, ao trabalharem integrados objetivando o desenvolvimento e o bem estar da população".

Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo, salientou a importância da obra para a cidade de São Paulo e para o país, o que demonstra "o poder de ações governamentais integradas".

O prefeito de Guarulhos, Sebastião de Almeida, falou do impacto do Rodoanel para o município, serão 25 km do trecho norte dentro de Guarulhos. Considerou a obra de fundamental importância para o desenvolvimento do Estado e do país e, parabenizou o entrosamento e diálogo entre os governos federal e estadual que permitiu resultados positivos.

Paulo Sérgio Passos, ministro dos Transportes, entende que a presidenta Dilma e o governador Alckmin possuem visão estratégica sobre a mobilidade dos transportes de cargas. Informou ainda que, na manhã desta terça-feira, 13/9, em Araçatuba, foi lançada a pedra fundamental para a construção de um estaleiro de construção de barcaças, para transporte de etanol. Também foi assinado entre a presidenta Dilma e o governador Alckmin, protocolo de intenções para investimentos conjuntos nas obras da Hidrovia Tietê"Paraná. A quantia envolvida na obra é de R$ 1,5 bilhão, sendo R$ 900 milhões da União, programa do PAC 2 e R$ 600 milhões do governo do Estado.