Livre de amarras acadêmicas, Fátima Lourenço confia às flores sua sugestiva mensagem

Emanuel von Lauenstein Massarani
01/07/2003 14:00

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Fátima Lourenço<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/FLorenzo-Quadros10703.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Noite estrelada com girassóis<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Quadro2-Florenzo10703.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

As aquarelas de Fátima Lourenço nos apresentam massas de tons que traduzem e espacializam uma imagem que se encontra entre o mundo real e aquele fantástico, próprio do espírito da artista. Desse seu universo de graça e poesia, a pintora colhe os seus afetos, os seus mitos mais expressivos e no-los oferecem confiando às flores a simpática mensagem.

Flores humildes ou sofisticadas, coloridissimas ou sugestivas, mas todas ligadas a uma única trama, que, mesmo exprimindo uma sensação pessoal, sabem se refletir sobre nós. Descobre-se nessa ideal transposição aquela motivação universal que a arte, com sua sublimação, consegue exprimir a cada espirito.

Imune aos preconceitos formais, frente ao sedutor espetáculo da natureza, as aquarelas de Fátima Lourenço retratam livremente cada aspecto do tema assim como aparece ao seu olhar, filtrado unicamente através de seu sentimento e de sua sensibilidade.

Livre de amarrras acadêmicas, a versatilidade de Fátima Lourenço, tipicamente feminina, possui uma curiosidade inquieta para explorar, sustentada por uma segurança pessoal, pelo emprego livre de materiais e expressões.

A cor das aquarelas ¨Noite estrelada com girassóis ¨ e ¨Tchi, tchi, tchi, toom!!! ¨, doadas ao Acervo Artístico da Assembléia Legislativa, repletas de uma vibrante luminosidade, parecem surgir de fontes interiores, criam entretanto um mundo lírico e sentimental, envolvido pelo sublime perfume da primavera.

A Artista

Fátima Lourenço, pseudônimo artístico de Maria de Fátima Lourenço Nunes, nasceu em São Paulo no ano de 1955. Formou-se em educação artística e desenho geométrico na Faculdade Santa Marcelina (1975/1977), em desenho artístico, pintura e decoração de interiores na Fundação Armando Alvares Penteado (1977/1979); em decoração de vitrines no SENAC, (1986).

Participou ainda dos seguintes cursos: Cenotecnia, com o professor João Donda Galli; Técnicas de montagem de exposição, com a professora Clara D'Alambert; Iluminação teatral, com a professora Selma Dafré; Gravura em metal, no atelier de Iole Di Natale; Desenho de observação, com o professor Dalton de Lucca.

Desde 1975 participa de exposições coletivas e individuais destacando-se, entre elas: Faculdade Santa Marcelina (1975, 1976, 1977, 1979 e 1993); Fundação Armando Alvares Penteado (1977 e 1978); Salões de Arte de Presidente Prudente, Matão e Galeria do Sesi (1980); III Bienal Nacional de Santos (1981); Novo Milênio Reflexões da Arte, São Roque (1999); Águas de Março, Barueri; "Um Olhar Contemporâneo", A Hebraica, SP (2001); 2º e 3º Salão de Pintura Figurativa Bunkyo (2002 e 2003); " A Paisagem da Natureza ao Urbano" Museu Antônio Parreiras, Niterói; Bienal Internacional do México (2002); Aquarelas no Espaço Pintar, SP; e Galeria Cenarium, Santo André (2003).

Recebeu Medalha de Bronze tanto no 2º quanto no 3º Salão Bunkyo; Menção honrosa e Grande Medalha de Prata nos Salões de Belas Artes de Matão.

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