Dono do cheque fraudado do BB depõe na CPI das Financeiras
DA REDAÇÃO
Em reunião realizada nesta quarta-feira, 7/11, a CPI das Financeiras, presidida pelo deputado Claury Alves Silva (PTB), colheu depoimentos de três pessoas relacionadas ao caso do cheque administrativo do Banco do Brasil, no valor de 19 milhões de reais, que não foi pago por ter sido considerado fraudado.
O primeiro depoente foi Ricardo Salvatore, titular da delegacia onde foi feito, pela bancária Funshai Iagi, boletim de ocorrência de desaparecimento de quatro talonários do Banco do Brasil.
Salvatore afirmou que a funcionária do banco se preocupou em fazer o BO, quando foi feita consulta sobre cheque administrativo de valor altíssimo. "O que apuramos até então sobre os talonários foi a declaração do funcionário Nilson Roberto de Almeida de que ele havia dado baixa nesses cheques e os destruído em seguida, conforme procedimento do banco."
O delegado recebeu do deputado Aldo Demarchi (PPB) carta assinada pelo proprietário do cheque, Daniel Carboni, na qual ele informa que recebeu telefonemas atemorizadores por parte do gerente do banco acerca da citação de seu nome na CPI.
Salvatore lembrou que, a pedido do banco, foi decretado sigilo para o caso. "Posso fornecer dados para a CPI, mas não para a imprensa e o público em geral."
A funcionária Funshai Iagi disse que estranhou a consulta de um cheque com valor tão alto e comunicou o gerente. "Ele me aconselhou a fazer o BO e, além disso, fiz levantamentos para saber de onde procedia o cheque e verifiquei que pertencia a um talonário que tinha sido ''baixado'' por outro funcionário."
Iagi reconheceu os carimbos no cheque, porém afirmou que a assinatura não era sua. Também destacou que desconhecia o fato de o funcionário Nilson Almeida ter destruído os talonários desaparecidos. "Para fazer isso ele precisaria obter autorização do gerente."
A bancária se aposentou dois meses após o incidente e se contradisse ao afirmar que sabia da baixa nos talonários dada por Nilson, apesar de não ter conhecimento de que ele havia inutilizado os cheques.
Daniel Carboni, último depoente, informou que o cheque lhe foi fornecido como pagamento pelo desenvolvimento de um site para uma incubadora (empresa intermediária de contratos de informática) de Miami, Vortal. "Para o trabalho acertei junto ao procurador da Vortal no Brasil, Fábio Cruz, o pagamento de 11 milhões de dólares."
O trabalho de Carboni durou um ano e, ao entregar o serviço, optou por receber o pagamento no Brasil, através de um banco brasileiro de porte. "Em agosto de 2000 transferi os direitos intelectuais para a Vortal e recebi o cheque administrativo do Banco do Brasil no valor de 19 milhões de reais."
Carboni tentou depositar o cheque na agência onde é cliente e quando o gerente procedeu consulta telefônica foi informado que o cheque era fraudado. "A cada vez que eu tentava abrir conta nova e depositar o cheque a agência alegava motivos diferentes como cheque frio, ou furtado, ou fraudado."
O detentor do cheque declarou que não pode agir contra a empresa credora de seus serviços porque o procurador Cruz confirmou que o dinheiro havia sido enviado para o Brasil. "Cruz salientou que o cheque foi comprado do Banco do Brasil", concluiu Carboni.
A CPI decidiu convocar o funcionário Nilson Roberto de Almeida, responsável pela inutilização dos talonários, que, segundo Funshai Iagi, foi demitido pelo Banco do Brasil.
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