As esculturas de Omar Franco: leveza e vibrações que emanam da própria natureza

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
17/11/2009 14:02

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Entrelaçamento<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2009/MUSEUObra Franco.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Omar Franco<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2009/MUSEUOMARFRANCO.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Surpresa, ansiedade e vitalidade constituem reações psicológicas do observador frente às obras escultóricas de Omar Franco, que percorre com naturalidade do neoplasticismo ao construtivismo e ao concretismo no mundo das artes contemporâneas.

Tanto nas pequenas quantos nas esculturas monumentais, o artista consegue dar a suas criações harmonia e equilíbrio nas formas.

Vale lembrar que foi no inicio do século XX que Boccioni, famoso escultor italiano, projetou em suas esculturas formas metálicas brutas, cortantes e até mesmo agressivas.

Não há dúvida que os abstracionistas continuam a desenvolver a qualidade estrutural da escultura, seja de uma interpretação orgânica da forma derivada da natureza, seja nas estruturas geométricas que a definem.

Em razão de sua tendência e de sua atitude, Omar Franco se aproximou com fervor ao problema do relacionamento entre arquitetura e escultura, realizando sua integração.

Embora os materiais que Omar Franco utiliza sejam ferro e aço, suas obras, na maioria monocromáticas, transmitem a sensação de leveza provocando verdadeiras vibrações.

A obra "Entrelaçamento", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, apresenta uma serie de torções que incidem sobre seus sulcos num jogo sutil de plenos e vazios que se aproximam com muita propriedade às obras emanadas da própria natureza.





O artista



Omar Franco, pseudônimo artístico de Omar Moreira Franco nasceu em 1956, em Santa Rita de Caldas, Minas Gerais. Desde criança demonstrou grande interesse pelo desenho. Em 1969 mudou-se com a família para o Distrito Federal, fixando residência em Taguatinga.

Entre 1976 e 1980 seguiu cursos diversos no departamento de artes da Universidade de Brasília, trabalhando com Douglas Marques de Sá, Lygia Freitas, Cathleen Sidki e Charles Mayer.

Realizou inúmeras exposições no Brasil patrocinadas pelo Banco Itaú, Caixa Econômica Federal, Fundação Cultural do Distrito Federal e Casa Thomas Jefferson. Em 1982 retornou a Universidade de Brasília, desta vez para concluir o curso de artes plásticas.

Foi professor de Educação Artística, para alunos do ensino médio e fundamental da rede particular de ensino, no período de 1980 a 1985. Em 1990, começou a restringir sua produção de pinturas e passou a freqüentar os cursos de soldas oferecidos pelo SENAI, criando assim as condições de materializar as esculturas, que até então, só a sua imaginação conhecia.

Suas esculturas fazem parte do cenário urbano de Brasília, podem ser encontradas no Setor Comercial Norte e Sul, Setor Bancário Norte e Sul, Avenida W3 Norte, shoppings, praças, prédios e esquinas.

Realizou viagens de estudo e de trabalho nos Estados Unidos e Europa entre 1993 a 1996. Com mais de 30 anos de carreira possui obras espalhadas por mais de 30 países em coleções particulares, oficiais e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp