Foi realizado nesta segunda-feira, 25/5, na Assembleia Legislativa, debate sobre prevenção e combate a DST/aids na terceira idade, promovido pelo Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi). O objetivo do seminário foi iniciar uma campanha estadual do Sindnapi para a conscientização do problema junto à população idosa, uma vez que há crescimento significativo de pessoas infectadas nessa faixa etária. O coordenador do ambulatório de DST/aids do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, Jean Carlo Gorincheteyn, enfatizou a dificuldade de abordar o assunto com a população idosa, tornando ainda mais necessária a realização de eventos como este. De acordo com o médico, no século XX houve significativo envelhecimento populacional e melhoria da qualidade de vida dos idosos, levando-os a manterem por mais tempo a vida sexual ativa. Os fatores que levam os idosos a se infectarem, segundo Jean Gorincheteyn, são a não utilização de preservativos, as campanhas de prevenção não inclusivas e o uso de corretores de disfunção erétil. O tratamento é mais complexo aos idosos uma vez que estes costumam ter alterações fisiológicas prévias e a medicação pode piorar tais problemas. Daí a ênfase ter de recair na prevenção e no diagnóstico precoce. O palestrante salientou também a importância da criação de ambulatórios específicos à população idosa. São vários os impactos da contaminação na terceira idade: médicos, sociais e psicológicos. As questões psicológicas envolvidas, como o preconceito, a estigmatização, a culpabilização e a insegurança, foram abordados pela psicóloga Vitória Maria Botas, do Grupo de Apoio de Incentivo à Vida. Participaram do evento Carlos Andreu Ortiz, presidente estadual do Sindnapi; Gentil Fernandes Rosa, presidente municipal do Sindnapi; e Magali Silva, coordenadora do Núcleo de Atenção ao Idoso do Fundo de Solidariedade do Estado de São Paulo, entre outros membros do sindicato e de organizações de apoio à terceira idade.