A natureza transformada em jardim de sonhos através do neorrealismo de W. Vitorino

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
26/06/2009 09:53

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<i>Leitura ao ar livre</i><a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/06-2009/VitorinoLeituralivre.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> W. Vitorino<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/06-2009/Vitorino.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A pintura de W. Vitorino deve ser observada em silêncio, com religioso recolhimento, pois nos encontramos frente a obras nascidas de felizes momentos de pausa e encantamento, graças a uma mágica inspiração realista.

Intérprete autêntico da realidade da qual colhe com rara intuição o seu espírito interior, trata-se de um pintor que restitui à natureza a poesia e a eterna beleza que muitas vezes passam despercebidas dos que a observam.

São obras de um artista de escola claramente verista. Elas não são simplesmente esplêndidas, mas originais representações da realidade e, sobretudo, criações altamente poéticas de dimensões universais quanto à linguagem figurativa.

Imagens solares ou crepusculares, sejam da natureza de um jardim ou de uma paisagem, são sempre envolvidas numa luz que as faz vibrar e as transforma em palpitantes parcelas de vida.

Precisamos amar a natureza, as casas, os seres humanos para conseguir a recuperação de nossos valores. Se formos sinceros, puros de alma e artistas, é ainda possível esse contato miraculoso, esse diálogo que reinsere o homem no mundo que o circunda, libertando-o de tormentos, angústias e medos, restaurado desse banho purificador nas águas da natureza.

De suas obras emerge o caráter exuberante de W. Vitorino, que espontaneamente evolui diariamente, renovando seus meios técnicos na determinação de temperar o resultado cromático num realismo pictórico mais próximo de seu gosto e das faculdades poéticas de sua imaginação.

Na obra "Leitura ao ar livre", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, o artista nos oferece " a exemplo de Manet, mas sem o seu impressionismo " uma pintura repousante que reevoca momentos de serena admiração pela natureza, criando um verdadeiro jardim de sonhos.



O artista

W. Vitorino, pseudônimo artístico de Wilson Roberto Vitorino, nasceu em 1955, na cidade de Pacaembu, SP. Cursou pintura com o professor Miguel Palhas (1978 a 1980), com Franulic (1980 a 1982), com José Manoel (1983), com Costa Júnior e Luís Pinto (1990), com Collete Pujol (1981) e fez o curso de análise de artes plásticas com Jean em 1982. Formou-se em artes plásticas pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo (1982).

Participou de exposições no Salão de Artes Plásticas do Embu (1979, 1980 e 1982); Atelier Franulic, SP (1980, 1981 e 1982); "Artistas Jovens de Belas Artes", Galeria Cultura (1982); Espaço Cultural Internacional Engenharia, SP (1982); Sociedade Brasileira de Eubiose, Carmo de Minas, MG (1983); 1ª Mostra de Arte do Movimento Espírita, SP (1984); 10ª Exposição Cultural do Imigrante, Fundação Bienal de São Paulo, SP (1986); 17º Salão de Arte Contemporânea, Santo André; Projeto Corredor Cultural: Diadema, Santos e São Bernardo do Campo (1989); Atelier Matisse, SP (1990); Espaço Cultural Saint Germain, SP (1991); Mostra Cidade de São Paulo (1992); "Artistas Brasileiros", Galeria Sérgio Longo, SP (1993 e 1994); Galeria do Hilton Hotel, SP (1995); Galeria Espaço Paulista, SP (1996); Organização Paschoal Bianco, SP (1997); "Arte Livre", Galeria Saint Germain, SP (1998); "Espaço Livre", Galeria Girona, SP (1999); 2ª Mostra de Arquitetos e Decoradores, SP, Espaço Cultural Hotel Best Western, SP (2000); Galeria Elmi Anciolli, SP (2001); Galeria e Atelier Matisse, Curitiba, PR, Salão Maison Saint Germain, SP (2002); Sala Vip Internacional, Varig, SP (2003).

Recebeu prêmio Pequena Medalha de Ouro e Medalha de Bronze no XVII e no XVIII Salão de Artes Plásticas do Embu, Menção Honrosa no Atelier Franulic e Medalha de Honra ao Mérito na Mostra do Movimento Espírita de São Paulo. Suas obras encontram-se em coleções particulares e oficiais no Brasil, no exterior e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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