Sessão solene homenageia mártires armênios


03/05/2004 16:16

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Ato solene na Assembléia Legislativa para homenagear os mártires armênios<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/armenios.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Monumento Hatchkar, mais conhecido como Cruz de Pedra<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/cruz de pedra2.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Da assessoria do deputado Arnaldo Jardim

O dia 25 de abril tem um significado importante para o povo da Armênia, pois simboliza um dos momentos mais atrozes já presenciados pela humanidade. Por esse motivo, o deputado Arnaldo Jardim (PPS) organizou, no dia 29/4, ato solene na Assembléia Legislativa para homenagear os mártires armênios. O evento contou com a presença do Arcebispo Datev Karibian, primaz da Diocese da Igreja Apostólica Armênia do Brasil, da consulesa da República da Armênia, Luciné Yeghiazazarian, e de diversos representantes de entidades civis e da comunidade.

No ano de 1915, sob as ordens do Império Turco Otomano, cerca de 1,5 milhão de armênios - entre homens, mulheres e crianças - foram vítimas de uma selvageria sem precedentes. Enquanto a Europa se consumia na I Grande Guerra, os armênios foram expulsos de suas casas, sofreram todo tipo de repressão e foram obrigados a seguir pelo deserto, onde foram vítimas de repetidos massacres promovidos por grupos armados turcos. Os cerca de 800 mil sobreviventes fugiram ou foram deportados para países do Oriente, como a Síria, o Líbano, a Grécia, o Egito e o Iraque. Muitos ainda procuraram refúgio em países mais distantes, na França, por exemplo, ou do outro lado do Atlântico, nos Estados Unidos e na América do Sul.

Em São Paulo

No Brasil, especialmente em São Paulo, esses imigrantes tiveram o apoio de outros armênios que aqui já haviam se estabelecido. Muitos desses imigrantes eram pastores, sabendo trabalhar muito bem o couro. Daí a idéia de fabricarem sapatos com uma qualidade que os igualava aos melhores sapateiros italianos e espanhóis.

"Hoje, mais de 80 mil armênios vivem na capital paulista. Um povo que ajudou a transformar São Paulo na capital econômica do País. Este evento serve para relembrar e prestar uma justa homenagem a um povo que sofreu como poucos, mas que soube reverter seu flagelo em força para reconstruir suas vidas", afirmou Arnaldo Jardim.

Antes da sessão solene foi realizado um ato no monumento Hatchkar (mais conhecido como Cruz de Pedra). Após a cerimônia, foi exibido um documentário produzido pela BBC, de Londres, sobre o genocídio do qual o povo armênio foi vítima.

ajardim@al.sp.gov.br

alesp