Seminário debate transporte público e cidadania em São Paulo


08/05/2009 20:19

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Simão Pedro <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/05-2009/TRANSPc.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Seminário debate transporte público e cidadania em São Paulo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/05-2009/TRANSPa.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> O seminário é organizado em conjunto pelo Diretório Estadual do PT, pela liderança do PT, pela Setorial Estadual de Transportes do PT e pela Secretaria Estadual de Movimentos Populares e Políticas Setoriais do PT<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/05-2009/TRANSPd.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Rui Falcão <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/05-2009/TRANSPb.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A Assembleia Legislativa realizou, nesta sexta-feira, 8/5, seminário sobre o transporte público em São Paulo, organizado em conjunto pelo Diretório Estadual do PT, pela liderança do PT, pela Setorial Estadual de Transportes do PT e pela Secretaria Estadual de Movimentos Populares e Políticas Setoriais do PT.

O presidente do PT Estadual, Edinho Silva, abriu o evento, enfatizando o esforço do partido para fortalecer os setoriais com o objetivo de que o programa de governo nasça dos debates provindos deles. Quanto à questão do transporte, lembrou que se trata de um problema complexo para o qual não há soluções fáceis. "Acreditamos na capacidade de vocês para construir saídas para esse problema tão sério", concluiu.

Márcio Cruz, da Secretaria dos Movimentos Populares do PT, salientou o objetivo de a base organizada do PT possa oferecer as diretrizes para o programa de governo de 2010.

O Coordenador do Setorial Estadual de Transportes, Evaristo Almeida, apresentou um panorama da situação do transporte público no Estado de São Paulo, lembrando que, na sociedade complexa da contemporaneidade, o transporte serve para o trabalho, para o lazer e para a circulação de mercadorias. Segundo Evaristo, os governos do PSDB investiram muito pouco no setor, causando forte demanda e pouca oferta. Citou, entre outros graves problemas, as estradas vicinais em péssimo estado, o pedágio caro, o ínfimo transporte ferroviário e o transporte intermunicipal de baixa qualidade.

Meire Quadros, presidente da Comissão de Usuários de Transportes de Embu Guaçu, descreveu a situação do transporte em seu município, salientando a precária condição do setor e reivindicou melhorias com rapidez, uma vez que a população de baixo poder aquisitivo sofre com as graves dificuldades do transporte no município.

O deputado Rui Falcão, líder do PT na Assembleia Legislativa, afirmou a necessidade de valorizar a atuação dos setoriais do PT, uma vez que trazem importante contribuição técnica e a experiência de luta dos movimentos. Destacou que o PT tem grande capacidade gerencial, mas seu principal diferencial é o fato de que os avanços do governo são impulsionados pela ação dos movimentos populares. "Temos que ampliar a força dos movimentos para alterar a correlação de forças, reduzindo a influência do capital financeiro", declarou.

Rui Falcão lembrou que o transporte é a área para onde vai grande parte dos investimentos públicos e enfatizou a necessidade de que haja uma leitura crítica da atuação do governo do Estado. Citou o descaso com as estradas vicinais e com os corredores de ônibus, e o fato de não haver esforço no sentido de levar o metrô para as áreas mais necessitadas. "A nossa bancada faz oposição permanente, sistemática e qualificada ao governo Serra", concluiu.

Silvana Zioli, professora universitária de Arquitetura e Urbanismo, discorreu sobre a importância do transporte como elemento estruturador do espaço metropolitano.

O deputado Simão Pedro também participou dos debates, bem como diversos representantes de setores da base social organizada do PT.

Na segunda parte do seminário a mesa foi coordenada por Eduardo Pacheco, membro da CNNT/CUT. Falaram nessa oportunidade o superintendente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Marcos Biscalho, o secretário de Transportes de Campinas, Gerson Bittencourt, a secretária de Transportes de São Bernardo do Campo, Patrícia Veras; além do vereador e membro da Comissão de Transportes da Câmara Municipal, Senival Moura, do deputado federal e ex-secretário de Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto (PT). Foram abordados temas relacionados ao transporte público e à cidadania em São Paulo, levando em conta a questão social e habitacional.

O vereador Senival Moura falou sobre a organização da gestão do PT, na figura da ex prefeita Marta Suplicy, ressaltando a regulamentação do transporte clandestino em São Paulo. "A gestão do PT sabe organizar o transporte", disse o vereador, afirmando que São Paulo evoluiu muito desde então. Senival falou também a respeito do bilhete único, o que caracterizou como "fundamental do ponto de vista social".

Ao falar dos subsídios, ele afirmou que o benefício é bem maior ao usuário do que às empresas e cooperativas de transporte, contabilizando o custo operacional, que é muito grande.

Senival finalizou dizendo que houve um grande retrocesso no transporte público paulistano. "O transporte em São Paulo está perdendo a qualidade e quem perde com isso é a população", concluiu.

O deputado federal Jilmar Tatto (PT) afirmou que o Brasil caminha muito bem nessa área e citou o trem-bala, que ligará Rio de Janeiro e São Paulo, como um marco no transporte brasileiro. "Se conseguirmos terminar o trem-bala até 2014, virão projetos para Minas, Curitiba, Belo Horizonte e Brasília. Assim, criaremos uma indústria nacional de trens de média e alta velocidade", garantiu o deputado, que também falou sobre o bilhete único apontando um problema: o controle privado de sua gestão. De acordo com o deputado, esse controle deve ser feito pelo Estado.

alesp