Através do gestual e de um grito interior, Walter Caldeira revela seu mundo e suas rupturas

Acervo Artístico: Emanuel von Lauenstein Massarani
30/11/2004 14:00

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Walter Caldeira <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/caldeiraartista.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Efervescência III<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/walobra3.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Efervescência I<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/walobra1.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Ruptura do Informal I<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/walobra4.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Efervescência II<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/walobra2.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Walter Caldeira confia à operação artística uma função de catarse estética e de motivação na tentativa de resolver a dialética cotidiana existencial entre experiência e consciência. Isso estabelece e garante uma fecunda relação do laborioso e recíproco diálogo entre o sentir e o fazer, entre as intuições, as emoções, os estímulos e a tensão de resultados formais.

A vontade expressiva e comunicativa do artista, sua sincera simplicidade provoca, em vez de reduzir uma sobreposição de significados simbólicos. Ele consegue evidenciar, através da cor, um profundo conteúdo espiritual e estético. Trata-se de um gesto e quase um grito interior. A cor se articula numa coerente estruturação de relações e de contrastes tonais. O artista tenta se exprimir cromaticamente através de uma linguagem moderna, de modo a sintetizar os conteúdos psicológicos e existenciais da condição humana atual.

Paralelamente às expressões da arte informal encontramos força e vigor na implantação léxica e cromática emanadas de um autêntico sentimento estético. Aderindo totalmente a uma estrutura de composição, sua obra reflete um mundo interior claro e vivido de saldos convencimentos éticos e morais.

Reflexo desse estado de iluminação interior, o artista busca autenticidade e elimina todo elemento exterior, despojando-se de toda concessão estética ou descritiva, para alcançar uma pintura sempre mais livre e total. Encaminhando-se corajosamente por esse itinerário tenaz e severo, sua obra obtém formas simples e claras, desenvolvendo um discurso pictórico, através de caminhos originais e de apropriados meios expressivos.

Suas obras Efervescência I e II e Ruptura do Informal I, II e III, em acrílico sobre tela, oferecidas - a primeira pelo senhor Luiz Carlos Zopazzo e as outras quatro pelo próprio autor - ao Acervo Artístico do Palácio 9 de Julho, foram pintadas a uma distância de dez anos entre si. Ambas as fases nos revelam um pintor que evolui pela personalidade e pelo vigor estilístico.

O Artista

Walter Caldeira nasceu em São Paulo, em 1960. Artista plástico e ilustrador, começou sua trajetória profissional no Colégio Santa Inês, como auxiliar de desenhista (1972). Lecionou em importantes entidades de ensino, entre elas: na Escola Panamericana de Arte, curso de desenho artístico (1989) e aerografia (1990).

Foi agraciado com as seguintes premiações: Medalha de Prata, Centro Cultural da Consolação; Medalha de Ouro, Centro Cultural Praça Roosevelt; 1º lugar, Salão Itatiaia; Medalha de Prata, Centro Empresarial Alphaville; 1º lugar, Centro Cultural Aricanduva; Medalha de Prata, 13º Salão Vera Domini; Medalha de Ouro, Parque Piqueri; Menção Honrosa, 14º Salão Vera Domini; 2º lugar, Espaço Cultural Inaska.

Participou de inúmeras exposições coletivas, ressaltando: Galeria Prestes Maia (1975); Sesi/Av. Paulista (1980); Centro Cultural Consolação (1987); Associação de Artistas Plásticos de Santo Amaro (1988); Centro Cultural Praça Roosevelt; Museu de Arte de São Paulo (1989); Salão Itatiaia; Casa da Fazenda de Morumbi; Centro Empresarial de Alphaville; Centro Cultural Aricanduva, Salão Primavera; Galeria Brazilian Art, Dallas, Estados Unidos (2000); Galeria Mali Vila Boas; Faculdade Maria Montessori; 14º Salão Vera Domini; Galeria Finarte, Saga dos Matizes; Assembléia Legislativa (2001); Espaço Cultural Inaska, Encontro das Artes e Casa da Cultura Rainha Victoria (2002).

Realizou ainda exposições individuais no Centro Cultural Jabaquara (1985); Centro Empresarial (1987); Hotel Hilton (1990); Clube Pinheiros (1999); Biblioteca Alceu Amoroso Lima (2000); Tênis Club de Alphaville (2001) e na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

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