Cecília Suzuki busca na realidade científica um eco surreal e hiper-realista para sua obra

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
23/11/2006 18:11

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Cecília Suzuki<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/M-Cecilia Suzuki.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> <i>Trabeculectomia</i><a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/M-CeciliaSuzuTrabeculectomia[.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Cecília Suzuki desenvolve, há muitos anos e com profunda consciência, uma série de pesquisas científico-artísticas sobre o olho humano. Com habilidade ímpar, transforma em elementos artísticos os dados científicos que o marido, oftalmologista de renome, lhe passa.



Aos descolamentos de retina, patologias diabéticas, degenerações de mácula, retinoses pigmentares e rupturas gigantes, ela dá um "tratamento" artístico graficamente disposto de maneira original, metafísica ou surrealista, mas sempre real. Suas pesquisas são construtivas e livres, tanto sobre a forma quanto sobre a fantasia, possibilitando à artista um impulso que supera os limites "mecânicos" impostos pelo movimento.

No sentido estritamente pictórico, Cecília Suzuki não cede totalmente à casualidade do gesto. Ela se interessa em organizar um discurso que envolve formas e matérias, das quais resulta um eco surreal e hiper-realista, que busca na realidade cósmica a sua poesia e a sua presença.



Sobre a superfície de suas obras, encontramos luzes, formas, cor, símbolos, natureza, ação e memória, que marcam uma emoção ou um fato em plena liberdade de imaginação e criatividade.



Em Trabeculectomia, obra doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, não faltam originalidade e refinamento, com o espacialismo que resulta de uma experiência fundamental do ponto de vista da "paginação formal".



A artista



Cecília Suzuki, pseudônimo artístico de Cecília Massae Tamaki Suzuki, nasceu em São Paulo, em 1941. Formou-se pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Mackenzie, em São Paulo, em 1968. Nos biênios 1980-81 e 1982-83, fez parte da diretoria da Associação Internacional de Artes Plásticas da Unesco no Brasil.



Em 1983, tornou-se membro da Academia Internacional de Arte Moderna de Roma e, em 1984, do Centro Internacional de Arte Contemporânea de Paris. É também membro benemérito do Departamento de Oftalmologia da Santa Casa de São Paulo desde 1992. Como convidada especial, expôs em cerca de 200 congressos, simpósios e cursos de oftalmologia, tanto no Brasil quanto no exterior. Para muitos desses eventos, criou logotipos, cartazes e certificados. Suas obras estão presentes em museus, centros culturais, hospitais, universidades e institutos de oftalmologia de todo o mundo.



Participou de inúmeras exposições individuais e coletivas e de salões oficiais de vários países. Entre seus prêmios, destacam-se: medalhas de bronze concedidas pela Academia Internacional de Arte Moderna de Roma (1983 e 1988); troféu da Associação dos Críticos e Comentaristas de Artes de Miami (1983); certificado de Honra ao Mérito entregue em 1984 pelos críticos de artes do Museu Georges Pompidou, de Paris; e a Medalha Anchieta, outorgada em 1984 pela Câmara Municipal de São Paulo.

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