Museu de Arte - Yara Martini

Yara Martini: linguagem resultante de uma síntese plástica com efeitos monocromáticos
29/02/2012 14:38

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Obra nº 833/04<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/02-2012/MuseuObraN83304.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Yara Martini<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/02-2012/MuseuYaraMartini.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Por sua significação interior, as obras de Yara Martini parecem viver fora do tempo, num espaço puramente ideal e nos transmitem um sentido de paz e contemplação.

Em relação às atuais pesquisas de percepção, a artista conserva a sua plenitude de pintora, interessada não na complicação toda virtual dos mecanismos óticos, mas numa clareza dos processos da imagem.

Yara Martini consegue identificar os elementos basilares de sua composição e traduzi-los em termos pictóricos com uma paleta reduzida ao essencial. Toda sua obra está orientada para uma linguagem de síntese plástica com efeitos monocromáticos e timbres claros.

São composições onde o esplendor da luz circula, como linfa vital, onde sentido e razão, olhar e mente, tragédia e esperança encontram um lírico e convincente equilíbrio.

Do particular ao universal, da palavra à linguagem, do concreto ao abstrato, a artista nos oferece a medida de sua maturidade artística.

A obra "nº 833/04", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, é uma pintura culta, elaborada internamente e coerente no seu desenvolvimento.



A artista



Yara Martini, pseudônimo artístico de Yara Maria Martini, nasceu em Bauru, em 1950. Em 1970, transferiu-se para São Paulo, onde viveu até 1985, quando então regressou a sua terra natal. Em 2003, voltou para São Paulo, onde instalou seu ateliê.

Estudou desenho e pintura com Rosalinda Costa Sevilha e Lecy Bonfim (1977-1979) e com Angel Saint Martin (1980-1984); desenho com Ana Cristina Andrade (1982), em São Paulo; aquarela com Norberto Stori (1988); escultura na Companhia dos Artistas (1990-1991); e calcografia com Ana Cristina Andrade em Bauru (1990).

De 1984 a 1989, dirigiu a Graffiti Galeria de Arte, em Bauru, juntamente com a artista Gisele Aidar, onde realizou 43 mostras individuais e coletivas. Em 1990, com um grupo de artistas plásticos abriu o Espaço Cia. de Artistas, que permaneceu em funcionamento até o final de 1994. No início de 1995, participou de um novo ateliê-escola, denominado Oficina de Artes e Ofícios, espaço fundado por Gisele S. Aidar.

Participou desde 1980 de inúmeras exposições individuais e coletivas, foi membro de comissões e júris e curadora de diversas mostras.

Possui obras em coleções particulares em São Paulo e Minas Gerais e no Acervo do Museu de Arte do Parlamento do Estado de São Paulo.

alesp