A utilização de bandeiras em estádios de futebol é tema de debate




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Foi realizada nesta sexta-feira, 22/5, audiência pública para a discussão do inciso III do artigo 5º da Lei 9.470, de 27/12/1996, que proíbe a utilização e venda de bandeiras em estádios, com o objetivo de rever essa restrição.
O evento foi presidido pelo deputado Bruno Covas (PSDB), que apóia o uso das bandeiras desde que os mastros sejam feitos de materiais que não possam ser utilizados como armas. "Se houver realmente um material absolutamente seguro e que não ofereça riscos, serei a favor da volta das bandeiras aos estádios. Mas vamos discutir o assunto com as torcidas, a sociedade e o Ministério Público", afirmou Covas, que declarou esperar que as reuniões já acontecidas e a audiência pública concorram para a apresentação do projeto que poderá alterar a legislação. O deputado disse ter certeza que a maturidade e a responsabilidade das torcidas deve contribuir muito para a volta das bandeiras, o que deixará "a festa do futebol mais bonita".
Paulo Sérgio Castilho, promotor de Justiça, afirmando saber que a questão das hastes das bandeiras é antiga e que a Polícia Militar e a Fifa são contrárias a elas, disse que houve avanços significativos no desempenho das torcidas organizadas, o que está provado pelo fato de que, nos últimos anos, não aconteceu grande problema de violência durante os jogos.
O comandante do 2º Batalhão de Choque, major José Balestiero Filho, disse que é contrário à volta das hastes por dois motivos: o padrão internacional da Fifa (que deverá ser adotado na Copa de 2014) e a dificuldade que o chefe da torcida organizada teria para controlar todos os membros num momento de euforia, quando a haste pode ser usada como arma.
O representante da Secretaria Estadual de Esporte, Lazer e Turismo, José Fábio Rego Torquato, destacou a necessidade de adequação aos padrões internacionais para que São Paulo não apenas sedie jogos da Copa do Mundo, mas também faça a cerimônia de abertura.
"A legislação foi decorrente da observação do uso inadequado das hastes". Essa é a opinião de Marco Aurélio Klein, da Federação Paulista de Futebol. Ele, entretanto, reconhece que a segurança dos torcedores passa também pela estrutura oferecida pelos estádios.
Danilo Zamboni, juiz de paz e mediador de torcidas, lamentando o fato de que São Paulo é o único Estado da federação que "proíbe a festa" no jogo de futebol, referindo-se à ausência das bandeiras incentivando as equipes e comemorando os gols. "Sou favorável à festa e à paz", disse ele, que discorda da posição da Polícia Militar de seguir o padrão internacional, uma vez que nossa cultura difere da europeia.
As torcidas Mancha Alviverde, Independente e Gaviões da Fiel estiveram representadas, respectivamente, por André Guerra, Luiz Cláudio Lacerda e Luiz Eduardo Pontes, todos concordando com a questão da diferença cultural da Europa e justificando que se forem colocadas 100 pessoas no estádio com uma bandeira, serão 100 pessoas a menos na rua promovendo brigas. Eles destacaram que países como Itália, Alemanha e Turquia adotam as bandeiras e que o maior estresse causado nos torcedores é o modo pelo qual são tratados por aqueles que deveriam promover a segurança. Foram unânimes pedindo "um voto de confiança", pois seu comportamento nos estádios tem amadurecido e as torcidas estão prontas para usar as hastes das bandeiras de forma consciente.
Sérgio Rosseto, presidente do Clube do Torcedor, afirmou que espera poder mudar a situação de proibição das hastes, pois "existem materiais, como o polipropileno, que não oferecem risco e podem substituir os bambus e antigos tubos de PVC". Quanto à adequação às normas da Fifa, ele diz que "podemos nos adequar no momento apropriado". Ele destacou ainda o trabalho social que as torcidas organizadas promovem com os jovens através de cursos e trabalhos comunitários, o que nunca é divulgado pela mídia.
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