Eli Lima lança um libelo contra os traumatizantes problemas da humanidade

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
27/04/2006 15:50

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Eli Lima<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/EliLima.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> A Busca de Si Mesmo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/EliLima A busca de si mesmo.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Na obra de cada artista existe um contínuo diálogo que representa a intima necessidade de integrar os próprios problemas com os dos outros. E esse diálogo leva o artista na vanguarda de uma revolução espiritual com vistas a ideais de justiça.

Eli Lima é uma dessas combativas pintoras em cujas obras encontramos essa instância de criatividade.

A sua tendência é colocar em evidência o Mal que a empurra a buscar a idéia da Verdade, em cuja essência realiza os seus princípios.

A crença de Eli Lima está na sua pintura. Oprimida pelos múltiplos e traumatizantes problemas quotidianos da grande metrópole, a artista explode, através da arte, o seu "J"accuse!".

Em suas imagens pálidas e sofridas, de cores pastéis contrastantes, através de sua mensagem artística consegue enfrentar os elementos negativos com uma objetiva realidade. Sua pincelada livre fixa de maneira incisiva os problemas dos que vivem nas grandes cidades, de modo a se tornarem indeléveis em nossa memória.

No seu íntimo, entretanto, Eli Lima deixa transparecer a sua essência sentimental. Não há duvida de que essa sua sensibilidade é o meio expressivo que lhe permite transmitir o seu calor humano, o amor e a perseverança com os quais ela responde aos inevitáveis acontecimentos da vida.

A linguagem de Eli Lima, na obra A busca de Si Mesmo, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, é uma cuidadosa análise critica que nos permite entrar tanto no ego da artista quanto no de seus retratados. Em conseqüência, revela ansiedades, inquietações e aspirações de uma humanidade em eterna busca de si própria, que ela fixa através de uma curiosa dança plástica.

A artista

Eli Lima, pseudônimo artístico de Eliacy Oliveira de Lima, nasceu em Souto Soares, Bahia, em 1969. Autodidata, começou a desenhar aos 8 anos de idade. Transferiu-se para São Paulo em 1985, onde passou a residir e instalou o seu próprio ateliê.

Realizou cursos de pintura a óleo e acrílico sobre tela com o artista Antonio Carlos Lanzieri em 1990. A partir de então passou a se dedicar somente às artes plásticas.

Tendo facilidade para pintar obras em tamanhos extraordinários, passou a se dedicar também à cenografia realizando os cenários dos balés clássicos O Lago dos Cisnes (10,0 x 6,0 m) e O Quebra Nozes (10,0 x 5,0 m), bem como para um desfile da Faculdade IMES, de São Caetano do Sul (20,0 x 4,0 m).

Participou em exposições coletivas e individuais na Bahia, em São Paulo e em Valência, na Espanha

Possui obras em coleções no Brasil, Argentina, Espanha e Inglaterra e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp