Guido Totoli pinta com expressiva síntese a força da realidade do ambiente urbano


24/10/2007 08:39

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Paisagem Urbana II<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Paisagem Urbana II.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Guido Totoli.<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Guido totoli.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Paisagem Urbana I<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/PaisagemUrbana1.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O mundo pictórico de Guido Totoli reflete com fidelidade aquele de seus sentimentos e idéias de homem e de artista. Numa tentativa de definição crítica, dizer que esse artista é um realista, seria servir-se de uma forma simplista e quase grosseira. Uma coisa é certa, ele não se afasta da realidade nem a deforma de propósito, tanto menos a dissolve no abstrato e no informal, como também dela não se torna escravo.

Contemplando amorosamente a sua realidade, Totoli a condensa em termos, lineamentos e volumes essenciais, revelando assim sua alma poética ou, se preferirmos, o significado cósmico da arte.

No desenrolar desse processo tiveram importância decisiva os contatos do pintor com a natureza brasileira forte e vigorosa e sobretudo o habitat do homem do interior paulista.

Totoli alcança em suas obras felizes momentos de sínteses figurativas e expressivas que denotam metas futuras sempre mais árduas e luminosas. Suas cores, algumas usadas com vigor, vibram com uma larga, densa e calorosa pureza. Em sua pintura não existe fratura entre cor e forma, entre subconsciente e realidade visual pois o seu realismo existencial é perfeitamente orgânico.

Entretanto um certo temperamento romântico e angustiante transparece em suas paisagens que pinta com uma carga de humanismo e provoca, em quem os observa, um continuo e agradável sentimento.

Em suas obras Paisagem Urbana I e II, doadas ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, Guido Totoli evidência ser possuidor de uma rara medida de equilíbrio entre pensamento e gesto, demonstrando com grande habilidade a força da realidade do ambiente urbano.



O artista

Pintor, escultor e ceramista, Guido Totoli nasceu em Mercato Cilento, na província de Salermo (Itália) no ano de 1937. A partir de 1949 freqüenta a escola de arte local e em 1955, segue cursos de desenho, pintura, escultura e cerâmica. Transfere-se para o Brasil em 1958 onde conhece e passa a frequentar os ateliers de Alfredo Volpi, Mario Zanini, Ottone Zorlini, Ângelo Simeoni, Hugo Adami, Arnaldo Ferrari entre outros.

Em 1960, participa de salões oficiais onde recebeu os primeiros prêmios medalha. A partir de 1977 participa de varias exposições em São Paulo e no interior e em 1979, é convidado pelo Governo do Estado de São Paulo para ser membro de júri no Salão Paulista de Belas Artes. Suas obras foram capa de catálogos de inúmeros leilões de arte em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Em 1981, foi convidado especial do professor Pietro Maria Bardi para participar da exposição" Itália-Brasil" no Museu de Arte em São Paulo. Em 1984 recebeu a medalha de prata do Centro Internacional de Arte Contemporânea de Paris, com sua obra "Paisagem Brasileira".

Seus trabalhos fazem parte de coleções particulares e oficiais do Canadá, Estados Unidos, Suiça, Alemanha, Itália , Argentina, Brasil, no Museu de Arte de São Paulo-Masp e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp