As Festas de Paraty constituem motivação sociológica para a lente de Augusto Cezar

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
13/07/2010 19:15

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Augusto Cezar<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/07-2010/AC.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>  <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/07-2010/DSC_0001.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O contato com o real, isto é, a tomada de consciência de um fotógrafo, é determinado no instante em que decide fixar a imagem que não é fugitiva, mas se cristaliza e se projeta além de uma certa retórica do "fotográfico".

Augusto Cezar detalha sua pesquisa sociológica captando imagens de eventos hodiernos os mais variados, conseguindo valorizar um acontecimento popular com raízes profundamente humanas, transformando-o em significativas referências arqueológicas.

A "gramática" da fotografia propõe a este artista-fotógrafo inexauríveis ocasiões de pesquisa. Entretanto, seu esquema didático coincide com um critério de análise mental que não se contenta com a superfície e a aparência imediata das coisas, mas busca analisar espaços, situações, seres e objetos em sua dinâmica vital e tomar consciência do fato segundo um projeto previamente estruturado.

Através de três obras da série "Míticas visões", doadas ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, pode-se constatar que a imagem é um meio de expressão congênita a Augusto Cezar. Uma vez mais o artista consegue confirmar como a fotografia possui capacidades autônomas de linguagem e uma eficácia comunicativa que deve ser procurada na sua qualificada habilidade de reproduzir e de miniaturizar a realidade.



O artista



Augusto Cezar nasceu em São Paulo, em 1954. Estudou no colégio Dom Bosco, formou-se em técnico em edificações na Escola Duarte da Costa, estruturando sua carreira como desenhista de arquitetura, realizou também cursos de fotografia no Senac-SP. Como fotógrafo e jornalista sempre observou e admirou os efeitos causados pela luz nos objetos, nas edificações e também nas pessoas. Por meio da fotografia, encontrou o caminho para esboçar sua forma de ver a vida e seus sentimentos em relação ao mundo, passando então a desenhar com a maquina fotográfica. Atualmente trabalha no seu futuro livro de fotografia, tendo encontrado na cidade de Paraty um foco de inspiração para o seu projeto "Magia e Luz", que visa a retratar uma Paraty diferente, com um foco que as pessoas desconhecem.

Após se tornar um assíduo frequentador de Paraty, sempre em busca do que retratar, deparou-se com um grupo de pessoas nativas da região, organizadoras de um movimento denominado "Bloco de Lama". Tal movimento, além de cultural e popular, tem uma abordagem ambiental, usando a alegria e a criatividade popular em defesa da preservação dos mangues da região. Convidado a acompanhar e realizar o registro fotográfico do bloco, reuniu o resultado da cobertura em uma série de ISO imagens. Desse total, selecionou 30 imagens para uma série, cujo conjunto denominou "Apocalipse".

alesp