Tempo de sol e chuva, estamos no outono


30/03/2005 17:27

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Roni Neufeld: Parque Nacional da Bocaina<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/RonNeufeldParqueNacionaldaBocaina.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Beatriz Vieira: Nascente<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/BeatrizVieira- Nascente.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Walter Habe: Dia de outono<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/WalterHabeDiadeOutono.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Sakuko Miyashita: Antes do Plantio<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/sakukoMiyashitaAntesdoplantio.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Mary Yamanaka: Sertãozinho - caminhos cor de rosa<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/MaryYamanakaSertaozinhocaminhoscorderosa.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Conhecida como a estação das folhas secas que caem das árvores cobrindo o chão das cidades e dos campos, o outono chegou em 21 de março. Formando um lindo tapete com dias alternados de sol e chuva, céu azul intenso e brisa leve, no dizer poético de Cecília Meireles "Os galos cantam, no crepúsculo dormente... No céu de outono, anda um langor final de pluma. Que se desfaz por entre os dedos, vagamente...", (em Suavíssima).

Por oportuno e ilustrado com obras do Acervo Artístico da Assembléia Legislativa que retratam a estação, escolhemos do livro "Poema dos Poemas", da grande poetisa, a obra:



A chuva chove...

"A chuva chove mansamente...como um sono

Que tranquilize, pacifique, resserene...

A chuva chove mansamente...Que abandono!

A chuva é a música de um poema de Verlaine...

E vem-me o sonho de uma véspera solene,

Em certo paço, já sem data e já sem dono...

Véspera triste como a noite, que envenene

A alma, evocando coisas líricas de outono..."



Beatriz Vieira: "Nascente"

Surpreender a natureza nos seus aspectos mais íntimos, visitar a natureza discretamente, amar a natureza que traz em si serenidade, paz de espírito e solução dos conflitos. É assim que Beatriz Vieira se enamora pela natureza, todavia não de sua totalidade, mas de seus aspectos particulares: recantos e ângulos ainda intocados pelo homem.

Gilda Gil: "Caminho de Paranapiacaba"

Suas paisagens exprimem uma concepção clássica, mesmo assim renovada dos lugares e dos elementos. São imagens repletas de musicalidade que nos convidam a procurar, com a artista, um lirismo poético.

Roni Neufeld: "Parque Nacional da Bocâina"

Sua realidade paisagística parece tão ligada à realidade do ambiente, das coisas e das pessoas: um discurso inequívoco que não deixa margem a polêmicas ou desvirtuamentos. Trata-se de uma pintura que se apresenta plenamente capaz de exprimir as sensações mais vivas da artista e nos faz participes de sua serenidade interior.

Sakuko Miyashita: "Antes do plantio"

Amante da natureza na sua divina realidade, sabe transfigurá-la segundo sua realidade interior. Vales, campos, riachos, flores do Brasil e os próprios fundos evanescentes promovem uma realidade ilusória que se dilata na luz e na névoa, colocando em evidência contrastes ambientais e eficazes transfigurações da natureza.

Walter Habe: "Dia de Outono"

Tratando a natureza como a sente, amplifica seu discurso com a realidade em completa liberdade de espírito. Sua pintura não é uma simples experiência ou uma questão de índole ideológica e muito menos um agradável consolo acadêmico. É poesia e música que ele procura transmitir ao coração do espectador, como um raio de sol para aquecê-lo.

Mary Yamanaka: "Sertãozinho: caminhos cor de rosa"

A artista sente tudo o que pinta como sente a vida, o sangue, o vento, a beleza da luz, do local, da cor. Tudo a faz palpitar. Por amor, tudo o que capta da beleza do mundo, o restitui em poesia.

alesp