José Munhoz: uma contraposição entre contemplação e tensão expressionista

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
12/09/2006 19:36

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<i>Barcos no Ancoradouro</i><a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Jose Munhoz obra.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> José Munhoz<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Jose Munhoz.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Temperamento efusivo, até mesmo impetuoso na sua cordialidade espontânea, José Munhoz é por natureza levado a uma pintura de impulso. Com efeito, a posse do tema é rápida e imediata. Sua pintura nasce de uma contraposição entre contemplação e tensão instintiva.

Sensível à cor, sintetiza com emoção trechos da natureza e do mar, que ama retratar em função da luz, onde as referências ao mundo impressionista ou pós são atualizadas por certas manchas cromáticas de gosto expressionista.

A cor é muitas vezes intensa, o que cria um estado de inquietação latente num esquema simples e aparentemente calmo. José Munhoz se destaca na realização construtiva e na cromática sensibilidade, exaltando ainda mais sua pictórica personalidade, sem que com isso se veja menos sua inata firmeza e simplicidade.

Suas paisagens, suas marinas, suas cenas de verão são permeadas de uma presença humana e artística partícipe e vibrante. A cor se torna ao mesmo tempo pano de fundo e primeiro ator dessas cenas de vida.

A sua fidelidade aos tons naturais do ambiente, o seu confiar em uma visão que oscila entre bucólico e romântico, o seu captar recantos mais pitorescos e pictóricos do nosso litoral fazem de José Munhoz um expressionista contemporâneo que, apesar dos tempos e dos modismos, encontra ainda inúmeros adeptos.

No quadro Barcos no Ancoradouro, doado pelo Instituto de Recuperação do Patrimônio Histórico no Estado de São Paulo (IPH) ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, sua pintura é evidentemente uma adesão viva e sincera ao espetáculo da natureza.

O artista

José Munhoz nasceu na cidade de Parapuã, SP, em 1962. Transferiu-se para São Paulo, onde cursou a Faculdade de Belas Artes de São Paulo.

Artista plástico atuante, tem participado de vários salões de arte do interior e da capital, entre eles: Câmara Municipal de Rinópolis, SP (1980 e 1981); Faculdade de Belas Artes de São Paulo; Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo; e Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, São Paulo (1983); I Mostra Jovem, Avaré, SP; e I e II Salão de Artes Plásticas de Avaré, SP (1985 e 1987); Mostra de Gravura, Centro Cultural do Butantã, São Paulo (1985); IV Mostra de Artes Plásticas de Casa Branca, SP; XIV Salão de Arte Jovem, Santos; e "Arte e Pensamento Ecológico", Instalação, Câmara Municipal de São Paulo (1987); "Negra Magia", Sesc Pompéia, São Paulo; "Semana da Comunicação", Faculdade Anhembi Morumbi, São Paulo; I Salão de Artes Plásticas, Guarulhos, SP; XI Salão de Arte Contemporânea, São Caetano do Sul, SP; I Salão de Artes Plásticas, Presidente Prudente, SP; e XXI Salão de Arte Contemporânea, Piracicaba, SP (1988); Galeria Jasmim, São Paulo; Salão de Arte Contemporânea, Santo André, SP; Espaço Cultural Metropolitano, São Paulo; e Espaço Cultural Chap-Chap, São Paulo (1989).

Recebeu inúmeros prêmios, destacando-se entre eles: Medalha de Bronze no Salão de Artes Plásticas de Avaré, SP (1985); Prêmio Aquisição em desenho no II Salão de Artes Plásticas de Avaré, SP (1987); Medalha "Paulo Lima", no Salão de Artes Plásticas de Presidente Prudente, SP; Prêmio Aquisição em desenho no XXI Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba, SP (1988); e Menção Honrosa no II Salão de Artes Plásticas no São Paulo FC, São Paulo (1989).

Possui obras em diversas coleções particulares e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp