"Iris", de Richard Eyre, é exibido em evento sobre Alzheimer na Alesp


19/09/2008 20:00

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Vera Caovilla, presidente da ABRAz<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/09-2008/VeraCaovilla 01.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Iris Murdoch foi uma das escritoras britânicas mais celebradas no século 20. Em 1996, aos 76 anos de idade, foi diagnosticada com doença de Alzheimer, morrendo em 1999. Sua história e a progressão da doença foram retratadas pelo cineasta Richard Eyre no filme Iris, com roteiro do seu marido, e também escritor, John Bayley. O filme foi exibido na Alesp nesta sexta-feira, 19/9, em evento organizado pela Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz).

O evento, que chama a atenção das pessoas para as dificuldades do portador da doença e seus familiares, aborda o grande desafio de conviver com os sintomas de demência, além de lembrar que 21/9 passou a ser considerado Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer, graças à Lei 11.736, de iniciativa do deputado Tião Viana (PT/AC).



A doença

A doença de Alzheimer (DA) é uma doença degenerativa, na qual ocorre perda de neurônios e prejuízo progressivo nas funções neuropsicológicas. É o tipo de demência mais comum, que ocorre preferencialmente com o envelhecimento e na faixa etária acima dos 60 anos. Foi descrita em 1901 pelo médico alemão Alois Alzheimer, através do estudo de caso da Sra. August D., admitida em seu hospital.

Alois Alzheimer definiu o distúrbio como "uma patologia neurológica, não reconhecida, associada com demência, sintomas de déficit de memória, alterações de comportamento e incapacidade para as atividades rotineiras". Descreveu também as alterações anátomo-patológicas típicas da doença, que recebeu posteriormente seu nome.

Conhecida como a doença da "caduquice", a DA afeta cerca de 1,2 milhão de pessoas no Brasil. O surgimento da doença costuma ser avassalador para a família do paciente, pois muda completamente a rotina da vida familiar. Apesar dos avanços da ciência, a doença de Alzheimer é incurável e só resta cuidar do paciente, contribuindo assim para o retardamento da degeneração e tornando a vida do paciente mais confortável.



O cuidador

Para cada pessoa com demência no mundo há pelo menos um cuidador, se não mais. Estima-se que existem 30 milhões de pessoas com demência no mundo e um número imensamente maior de pessoas afetadas por esta doença.

Apoiar o cuidador e a família é parte essencial de participarmos do desafio da demência. A falta de serviços, apoio financeiro e o entendimento da situação têm como conseqüência a perda de saúde dos cuidadores, bem como de suas finanças e a privação de suas carreiras.

A ABRAz se empenha em fornecer informação e apoio aos cuidadores no seu papel de responsáveis pelos cuidados de uma pessoa com demência.



A ABRAz

A ABRAz é uma entidade formada por profissionais e familiares de portadores da doença de Alzheimer que busca transmitir informações sobre o diagnóstico e tratamento da DA e também orientar sobre os aspectos cotidianos no acompanhamento do portador. Entre as atividades disponibilizadas pela instituição estão reuniões mensais, grupo de apoio, site e literatura.



Fontes: www.cronopios.com.br e www.abraz.org.br.

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