Gil Sabino fixa a imagem urbana da paulicéia em um neo-realismo perspicaz

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
03/07/2006 15:32

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Gil Sabino<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Gil Sabino18.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Parque do Ibirapuera<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Gil Sabino OBRA.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A construção clássica e a entoação moderna das telas de Gil Sabino surpreendem pela elegância, tanto do tratamento da matéria quanto da cor, que nobilitam e exaltam a composição, rendendo-a e, ao mesmo tempo, tornando-a agradável e fascinante.

A derivação da matriz imutada e imutável da verdadeira pintura e a renovação da emoção e da cor fazem de Gil Sabino um artista refinado, completo e inclinado a pesquisar um efeito de figuração que não se afasta da diretriz de seu entendimento interpretativo.

As luzes assumem, em suas obras, atmosferas e transparências que alcançam diretamente, sem absurdas e inúteis problemáticas, a alma e o coração dos observadores. Assim é a arte desse jovem pintor pernambucano, que, apaixonado pela "Paulicéia Desvairada" de Mario de Andrade, se dedica a preservar a iconografia da metrópole.

Sua habilidade técnica é fora de discussão e em cada obra sua aparece, fixado com maestria, um momento da vida urbana valorizando sua natureza e seus detalhes. Cada imagem oferece um canto cromático diversificado e perfeitamente adaptado à hora, do dia ou da noite, em que o artista decidiu se fixar frente a uma das tantas e maravilhosas mutações do Criador.

Em "Parque do Ibirapuera", obra doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, Gil Sabino responde em substância à solicitação do ser humano de nossos dias, que, envolvido por uma vida absurda e neurótica, pede um pouco de poesia para emergir, como em frente a uma visão repousante e distensiva, num verdadeiro "banho restaurador".

O artista



Gil Sabino, pseudônimo artístico de Gildo José Sabino, nasceu em Caruaru, Pernambuco, em 1979. Aos dois anos de idade transferiu-se com a família para São Paulo, fixando residência inicialmente em Guarulhos e depois em Itaquaquecetuba, onde mais tarde instalou seu ateliê.

Desde os 7 anos de idade demonstrou interesse e habilidade pelas artes plásticas, iniciando-se sobretudo pelo desenho voltado geralmente para a arquitetura. A partir dos 16 anos, dedicou-se à pintura sob a orientação do professor e artista Helio Barbosa, que desde logo o estimulou no estudo das sombras, luzes e variações cromáticas.

Realizou diversas exposições individuais e coletivas em espaços culturais da região, como no Centro Cultural de Arujá e na Galeria da Secretaria da Cultura de Itaquaquecetuba. Participou do Iº Concurso de Artes de Santa Isabel, onde obteve o 2º lugar, e no III Salão de Arte Acadêmica de Itaquaquecetuba, onde lhe foi conferido o 2º lugar pelo júri técnico e o 2º lugar pelo júri popular.

Possui obras em diversas coleções particulares no Brasil e no exterior e nos acervos do Museu de Itaquaquecetuba e do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp