Entre fragmentos do real e entrelaçamentos simbólicos a trajetória de Sabrina Coelho

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
14/03/2008 20:42

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Sabrina Coelho<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2008/DSC_0022.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Vaso com flores<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2008/vaso com flores.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O adjetivo "diletante" assume em nossos dias um significado equívoco e desqualificante, entretanto durante o Renascimento possuía bem outro valor e assinalava dons de alta sensibilidade, para o cultor e criador do belo. Exatamente nesse sentido podemos atribui-lo a Sabrina, jovem e promissora pintora que redescobriu e nos oferece infinitas possibilidades cromáticas das flores.

Compostos numa estrutura centralizada, seus quadros enfocam uma explosão pirotécnica de flores, folhas, pétalas e nos transmitem a impressão de algo extremamente mágico, fantasioso e variado. São uma alegria para os olhos, mas o simples prazer é imediatamente superado pela constatação de um saber pictórico, de um contínuo inventar. Essas flores não nascem somente na terra ou em algum vaso, saem da mente, aliás da memória da artista e crescem e se transformam em cor, alimentadas por um pincel ágil, sobre um invisível mas firme desenho.

O percurso de Sabrina se desenvolve numa meditada trajetória entre fragmentos do real e entrelaçamentos simbólicos: sua pintura possui o peso específico de uma aderência espasmódica às imagens da própria infância, uma janela aberta sobre seu jardim, jatos de verde, breves esquemas onde a natureza assume cores diversificadas.

No espaço de seus quadros, a artista parece transmitir com atenta imaginação, não somente alguns elementos de sua composição pictórica, mas uma seqüência de entrelaçados narrativos que se movem tanto da memória como de uma sensação imediata e se apóiam e depositam suas improntas nas espessuras de uma pintura que deseja conservar toda a qualidade das cores de um jardim ou de um campo.

Certos impulsos se agitam e refletem complexos momentos visuais que fazem ressoar de outras notas, de outros ecos, o lúcido cromatismo impregnado na obra "Vaso com flores", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo. Nessa obra Sabrina Coelho consegue insinuar uma impressão de sonho, de episódios acontecidos, dos quais se recordam tão somente alguns elementos casuais que se mesclam e se fundem na memória. Sua pintura revela certas possibilidades de conquista que atingem os ângulos da psique e do desenrolar existencial.

A Artista

Sabrina Coelho, pseudônimo artístico de Sabrina Laurindo Rodrigues Coelho, nasceu em São Paulo no ano de 1979. Formou-se na Faculdade de Belas Artes e complementou seus estudos de artes na Faculdade Gama Filho em Fortaleza, Ceará, onde defendeu uma tese no seminário sobre Kirchener. Atualmente, leciona na Escola Domus Sapientiae, na cadeira de artes.

Realizou sua primeira exposição no Espaço Cultural "Allure" no ano de 1995 e participou das seguintes mostras: Espaço Cultural Club Homs, SP; Espaço Cultural do Jockey Club, SP; Espaço Cultural Mokiti Okada, SP; Espaço Cultural Tabacow, SP; Espaço Cultural do Esporte Clube Pinheiros, SP; Espaço Cultural da Secretaria Municipal da Cultura, SP; Espaço Cultural da Caixa Econômica Federal, SP; Espaço Cultural Casa de Armas Regina, Veneza-Itália.

Recebeu os Prêmios "Citroën", SP, em três participações anuais, o Prêmio "BMW", SP e o Prêmio sobre "Aeromodelismo", Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, SP.

Suas obras encontram-se em coleções particulares no Brasil e no exterior e no Acervo Artístico da Federação de Futebol de Resende, RJ e no acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp