Preocupado com a necessidade de recuperar o "sentido do absoluto", o gosto pela contemplação e o amor pela ordem natural das coisas, o artista Pasquale Celona acredita que há necessidade de restituir à arte o equilíbrio harmônico de suas formas e de suas cores. A pesquisa por uma nova figuração o conduziu em direção a uma pintura surrealista e metafísica. De expressão sublime e dentro de uma visão onírica, os temas originais com que o artista resolve seus contos figurativos se constituem em composições criativas pouco comuns e envolvidas numa atmosfera de sonhos. Vale salientar que a comunicação com sua obra é imediata e transmite ao observador envolvente serenidade, estimulando-o a apreciar certos detalhes obtidos com refinada sensibilidade. Seu cromatismo, de delicada tonalidade, é suavemente distribuído em passagens quase aquareladas, onde a fantasia ressalta o rico e equilibrado sentimento da composição. Se a contraposição entre mundo real e mundo fantástico para suas obras se manifesta quase sempre em linha dialética, por outro lado, a relação das figuras com o conjunto, o sentido do volume e a motivada construção do tema são a demonstração de um conceito ditado pela razão, que alimenta suas composições. Na obra "Natureza morta 211/6", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, a figuração que anima sutilmente a composição parece um meio simbólico para oferecer ao apreciador de arte o sentido de felicidade, onde vibra uma atmosfera suspensa entre o real e o irreal. Pasquale Celona vive, por meio de suas obras, o tempo do espírito e estas são verdadeiras oferendas ao Criador. O Artista Pasquale Celona nasceu em Bruzzano Zeffirio, Calábria (Itália),no ano de 1943. Formou-se em agrimensura e biologia em 1971. Desde muito jovem dedica-se à pintura, tendo recebido, em 1978, o prêmio Leão de Ouro da cidade de Florença. Juntamente com seu irmão Piero Celona, idealizou e organizou o Salão Italiano de Arte Contemporânea e a Vitrine dos Artistas Contemporâneos. Com a colaboração de Christian Parisot, organizou em 1990 a grande resenha histórica dedicada a Amedeo Modigliani, realizada no Palácio dos Negócios e junto ao Instituto Francês de Cultura, em Florença. Desde 1997, integrou sua atividade artística com a de presidente da Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Florença, atualmente em sua oitava edição. Escreveram sobre sua obra os conhecidos críticos italianos Paolo Levi, Vincenzo Mollica e Tommaso Paloscia. A RAI " Rádio e Televisão Italiana dedicou inúmeros programas à obra do artista. Participou como convidado especial de importantes mostras nacionais e internacionais e suas obras encontram-se em importantes acervos públicos e particulares na Itália, em diversos países do mundo e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.