Laila De Aiach aplica em suas telas uma eclética busca de idéias e de motivações

Acervo Artístico: Emanuel von Lauenstein Massarani
10/11/2004 14:00

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Espelhamento<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/lailaobra2.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Laila De Aiach<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Laila de Aiach01.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Sinfonia em azul<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/lailaobra1.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A maioria das obras de Laila De Aiach reflete uma extraordinária inventividade e uma habilidade fecunda que se manifesta através de um contínuo trabalho de pesquisa e de refinamento dos meios expressivos. Ela crê nos valores perenes da grande pintura, da qual extrai emoções que filtra através de uma sensibilidade e uma instalação cultural que não ignoram as fermentações de nossa época.

A exuberância do fraseado que responde plenamente à urgência de uma fervorosa criatividade não tolera vínculos de ordem estilística ou freios bloqueadores. Por motivos de morfológica coerência, multiplicidade dos recursos estéticos, diversidade de intuições e o mudar das instâncias, a pintora pode deliberadamente aplicar uma eclética busca de idéias e de motivações.

Artista múltipla, sua pesquisa é bem contemporânea. A interpretação realística da figura humana com plenos volumes é acompanhada por uma plasticidade figurativa, cujos tons são gradualmente rarefeitos por Laila De Aiach. A artista demonstra sua ansiedade ao sublimar quanto há de material para alcançar formas puras idealizadas com traços fisionômicos irreais. Também é irreal a atmosfera sugestiva que sabe criar em volta de suas etéreas criaturas.

Por outro lado, a veemência expressionista de improvisar ascensões e bruscos choques luminísticos, próprios de um cromatismo da matéria, contrasta com as flores voláteis rodeadas de uma claridade rarefeita, proveniente na área pictórica de um certo abstracionismo.

Nas obras Sinfonia em azul e Espelhamento, doadas ao Acervo Artístico do Parlamento paulista, a artista destila experiências vividas, emoções colhidas e sensações redescobertas. Em sua pintura permanece o sentido de refinamento, de uma certa complacência formal e até mesmo "maneirística", que se veste de evidentes jogos cromáticos.

A Artista

Laila De Aiach, pseudônimo artístico de Laila Hollo Aiach, nasceu em Urupês, em 1941. Aos 14 anos transferiu-se para São Paulo com a família. De 1976 a 1980, sob a orientação de Habuba Farrah Ricetti, iniciou-se nas artes plásticas. Participou ainda dos seguintes cursos: desenho com Walter Levi (1979), desenho e pintura com Fang e pastel com Hedva Megged, e colagem com Sérgio Lima (1986-1988).

Formou com um grupo de artistas o Atelier 393, sob a orientação de Carlos Sorensen (1982 a 1984). No ano de 1986 abriu o ateliê Porão, iniciando cursos, palestras e debates. Trabalhou ainda no ateliê Oficina Aberta (1988 a 1993) e no ateliê de Roberto Bonini (1995 a 1996), criando e fundindo peças em vidro do tipo Murano. Desde 1998 mantém, em parceria com a artista Josifa Ahorony, o ateliê de vidro Ver'Arte. Em 1989 e 1990 exerceu as funções de diretora cultural do Esporte Clube Sírio.

Participou das seguintes exposições: Galeria de York English School (1977); Galeria Mestres das Artes, SP (1978); Salão de Artes de Rio Claro, SP (1979); Exposição do E.C. Sírio (1980 e 1987); 16º Salão de Artes de Embu, SP (1980); Salão de Belas Artes de Itu, SP; 1º Salão de Getulina, SP (1982); Salão de Artes de Araras (1982 e 1984); "Imagens do Trabalho", Sesc, SP (1984); Salão D.H.L. e "Atelier 393", Espaço Cultural Chap-Chap, SP (1985), 1º Salão de Jaú, SP; 15º, 16º, 17º e 20º Salão Bunkyo, SP (1986, 1987, 1988 e 1991) e Galeria Rubayat, SP (1986); "Trama do Gosto", Bienal de São Paulo; 1º Salão Nacional São Paulo - Rio Grande do Sul; Centro Cultural São Paulo (1987) e Prefeitura Municipal de Jaú (1987 e 1996); "Transição a Arte como Meio", Galeria Singular, SP (1988); 13º Exposição do Emigrante, SP (1989); Centro Cultural Rebouças, SP, Galeria Finarte, SP (1991); Espaço Cultural Crefisul; Mostra Surrealista, Galeria Renato Magalhães Gouveia e 2º Salão de Arte ao Vivo, SP (1992); Museu de Bochum, Alemanha (1993); "15 Paulistas, 15 Expressões", Museu de Arte de Goiânia; Casa de Portugal, Ribeirão Preto, SP (1994); "A Imagem da Revelação", Espaço Cultural Maria Antônia, SP (1996); "Obras em Vidro", E.C. Sírio (1997); e "Murano", Clube Volkswagen, SP (2000).

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