Museu de Arte: Os personagens de Alfredo Del Santo: síntese coerente com o tema e a sensibilidade do artista


26/08/2009 10:39

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Figura II<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/08-2009/FIGURA II - ALFREDO DEL SANTO.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Alfredo Del Santo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/08-2009/FOTOGRAFIA - ALFREDO DEL SANTO.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Figura I<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/08-2009/FIGURA I - ALFREDO DEL SANTO.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Del Santo trabalha em conformidade com o que dita sua sensibilidade. Voltada para a síntese da invenção, para a transformação da realidade visual, sua emoção é sustentada pelo suporte construtivo de um desenho incisivo sobre o qual se insere ductilmente a plasticidade de um delicado cromatismo.

"O desenho não é a forma, é o modo de ver a forma", dizia Degas com muita propriedade. Ao sintetizar a figura humana, Alfredo Del Santo aplica justamente o pensamento do grande pintor. Maduro que é no desenho, base sobre o qual constrói, o artista não titubeia ao esboçar os seus trabalhos.

Suas obras não colocam o observador frente aos problemas difíceis, mas somente à felicidade de vê-las. As figuras que normalmente aparecem em seus quadros são coerentes com o tema e denotam sua espontaneidade revelando, assim, grande facilidade na arte do desenho.

Essencialmente retratista, consegue fixar sobre a tela ou sobre o papel momentos mágicos da expressão humana. Artista expressivo realiza seus vultos em um discurso pictórico fluido e homogêneo, que confere às obras uma fascinante suavidade cromática e formal. Nelas se fundem com equilíbrio razão e fantasia, sentimento e habilidade.

O desenho de suas figuras, segundo uma harmônica distribuição dos planos definidos pela linha de contorno que flui rítmica, se afirma de um vivo sentido da observação realista que permite exaltar a representação no seu valor mais íntimo, quase com tom afetivo em direção aos mínimos detalhes do cotidiano.

Das obras "Figura I" e "Figura II", doadas ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, emerge uma visão ligeiramente angustiada da vida. Uma vida que aparece e desaparece.



O Artista



Alfredo Del Santo, pseudônimo artístico de Alfredo Carlos Del Santo Silva, nasceu em Pedeneiras, SP, no ano de 1945. Formou-se em desenho e artes plásticas pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo (1966/1970 e 1975/1976) onde obteve licenciatura em educação artística - artes plásticas e na Faculdade Mozarteum de São Paulo (1987) com licenciatura e habilitação em desenho em 1º e 2º grau.

Paralelamente as suas atividades artísticas é professor titular na Faculdade Mozarteum de São Paulo, Faculdades Integradas de Guarulhos, Faculdades de Arte Alcântara Machado e Faculdade de Belas Artes de São Paulo.

Participou de diversas exposições entre as quais destacam-se: XXVI Salão Oficial na Faculdade de Belas Artes de São Paulo (1968); 15º Salão de Arte de São Bernardo do Campo; Conselho Estadual de Cultura, SP; Galeria Mídia, Santos; Centro Acadêmico de História da USP (1972); Salão de Arte Contemporânea de São Caetano do Sul; Centro Cultural de Bragança Paulista; 2º Salão Bunkyo da Sociedade de Cultura Japonesa (1973).

Recebeu os seguintes prêmios: Menção Honrosa no 15º Salão de Arte de São Bernardo do Campo; Prêmio Aquisição do Conselho Estadual de Cultura (1972); Menção Honrosa no 2º Salão Bunkyo (1973).

Sob orientação e coordenação de Evandro Carlos Jardim participou da publicação do álbum "Gravura", reunindo o acervo do MASP/Museu de Arte de São Paulo, com gravuras em metal e xilogravuras.

Possui obras em diversas coleções particulares e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp