Mártires armênios recebem homenagem na Assembleia


25/04/2011 23:25

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Deputado Edson Ferrarini preside a mesa de trabalhos<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2011/armenia.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O deputado Edson Ferrarini (PTB) abriu nesta segunda-feira, 25/4, a solenidade que homenageou 1,5 milhão de armênios mortos em abril de 1915 pelos turcos otomanos, um crime classificado como de lesa humanidade, imprescritível, e que todos os anos é lembrado no dia 24 de abril, dia em que ocorreram, há 96 anos, os maiores massacres contra a população armênia.

Ferrarini falou de seu orgulho em presidir a sessão, solicitada pelo deputado Campos Machado (PTB), que não pode comparecer ao evento, e declarou solidariedade à causa do povo armênio de ver o genocídio reconhecido pelo mundo e de recuperar parte de seu território ainda ocupado pelos turcos. Ferrarini enalteceu a capacidade de negócios do povo armênio e sua laboriosidade. "O povo armênio tem voz nesta casa", declarou Ferrarini.

Também o deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP) falou da força da comunidade armênia e lembrou uma lei que já existe na Argentina, "chamando à responsabilidade aqueles que cometeram o genocídio".

Simão Kerimian, presidente do Conselho Nacional Armênio do Brasil, falou de sua satisfação em ocupar a mesa coordenadora da solenidade e leu mensagens de personalidades relativas à data, entre elas a do embaixador da Armênia no Brasil, Ashot Yeghiazarian, falando de seu respeito por "aqueles que tombaram no genocídio de 1915 perpetrado pelos turcos contra o povo armênio".

Em seguida, foi exibido um filme de 1982 com declarações de autoridades como o então senador Franco Montoro e o ex-presidente Jânio Quadros, que declararam solidariedade à causa armênia e apontaram a Corte Internacional de Haia como o local ideal para discutir e apontar responsabilidades.

Apesar de o filme ter quase 30 anos, as questões pouco evoluíram e os principais líderes mundiais recusam-se a chamar o massacre de genocídio. Entretanto, houve um princípio de aproximação entre Turquia e Armênia em outubro de 2009, quando os dois países firmaram acordos de reconciliação, mas esses textos precisam ser aprovados pelos parlamentos das nações envolvidas.

Além do deputado estadual Edson Ferrarini e do deputado federal Arnaldo Faria de Sá, participaram também da mesa coordenadora da solenidade o representante da comunidade armênia do Brasil, Simão Kerimian, e o arcebispo Datev Karibian.

alesp