Opinião - Homenagem à mulher

Neste dia histórico não podemos deixar de rememorar as 130 vidas heróicas das mulheres operárias da fábrica de tecidos que, em 1857, foram ceifadas violentamente
08/03/2012 18:00

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Todas as palavras tornam-se pequenas e os adjetivos inexistentes diante da grandeza desta obra prima de Deus que é a mulher. No Jardim do Éden, Deus, após criar o homem, completa a obra da criação ao tirar a costela de Adão e dar o sopro de vida a Eva. Deus jamais pretendeu que os homens e mulheres fossem independentes uns dos outros. O próprio fato se elucida em Gênesis 1:27 "Ele nos fez homem e mulher". Deus não tirou a mulher da cabeça, nem abaixo do coração, para que compreendamos que a mulher deve caminhar ao lado do homem, nem acima nem abaixo para juntos, com um só olhar e uma só direção, caminharem na realização dos sonhos que edificam o castelo do sentido da vida. Lembremos aqui, ainda, que através do apóstolo Paulo que "nem a mulher é independente do homem, nem o homem, independente da mulher. Porque como provém a mulher do homem, assim também o homem é nascido da mulher; e tudo vem de Deus" (1 Coríntios 11:11-12). Portanto, devemos amar, honrar, respeitar a mulher, pois a ela devemos também, depois de Deus, nossas vidas. A ela é dado o dom da perpetuação através da geração da raça humana sobre a terra. A mulher é a motivação da construção do lar, ela é a esperança dos corações solitários, símbolo de resistência que não se abate com a dor. Que renasce a cada momento para amparar.

Neste dia histórico não podemos deixar de rememorar as 130 vidas heróicas das mulheres operárias da fábrica de tecidos que, em 1857, foram ceifadas violentamente (trancadas e queimadas dentro da fábrica), por reivindicar seus direitos da jornada de trabalho, até então 16 horas diárias, por reivindicar salários equiparados ao dos homens e tratamento digno no ambiente de trabalho. Este fato entrou para a história e culminou na conferência da Dinamarca, em 1910, na institucionalização do dia 8 de março como o Dia Internacional da Mulher, oficializado através de decreto da Organização das Nações Unidas, em 1975. Muito embora tenha havido conquistas pela igualdade de direitos, é preciso reconhecer que ainda há muito por conquistar, e a nossa voz não é única neste Parlamento, pois tenho a certeza que todos os deputados, indistintamente, independentemente de partido, defendem os direitos de igualdade da mulher. Temos hoje, nesta legislatura, as mulheres representadas pelas nobres deputadas que incansavelmente lutam também pela nobre causa da igualdade, o que nos faz voltar no tempo, ao ano de 1932, mais especificamente no dia 24 de fevereiro, marco histórico da institucionalização do voto feminino, no governo de Getúlio Vargas. Pasmem senhores, somente em 1932, no Brasil, as mulheres adquiriram o direito ao voto, e 1932, em termos de tempo, para a história é apenas o alvorecer do dia de ontem.

Quantas lágrimas, quantos esforços, quantas vidas de mulheres quedaram ao longo do tempo, todavia o ideal permanece forte, vivo e é flâmula na bandeira da liberdade no coração de cada mulher, porque foi plantado por Deus. O homem e mulher, à luz das sagradas escrituras, foram criados no mesmo dia, o que revela a igualdade de ambos diante do Criador, pois assim está escrito: "Não é bom que homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea" (Genesis 2:18). Que este dia não seja apenas de comemoração e exaltação, mas de reflexão. Deixo aqui meus cumprimentos a todos que lutam pela causa junto com as mulheres, irmanados no mesmo ideal. Saúdo todas as mulheres, através de minha mãe e minha esposa que me apoiam e me fortalecem em todas as horas. Através delas saúdo a todas as mulheres. Fica aqui registrado para os anais da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo a gratidão e respeito deste deputado a todas as mulheres.



*Rodrigo Moraes é deputado estadual pelo PSC.

alesp