Frente de Enfrentamento ao Crack vai trabalhar para implementar a criação de conselhos municipais de álcool e drogas nas cidades


21/09/2011 17:51

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 <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/09-2011/FPCRACKMarco.JPG' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Audiência pública debate enfrentamento ao crack<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/09-2011/FPCRACKMarcoNomeada.JPG' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Criar uma rede composta por vereadores de todos os municípios paulistas para atuar em conjunto com a Assembleia Legislativa e trabalhar pela instalação de conselhos municipais de políticas sobre álcool e droga, foram apontadas, em audiência pública realizada nesta quarta-feira, 21/9, como ações importantes para conter o avanço do uso de crack no Estado de São Paulo, identificado em pesquisa realizada pela Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas.

As ações foram corroboradas pela União dos Vereadores do Estado de São Paulo, por meio de seu presidente Sebastião Misiara, e pela Associação Paulista de Municípios, representada por seu presidente Marcos Monti, também membro da Confederação Nacional de Municípios. Os representantes dos municípios, assim como o prefeito de Porto Feliz, Cláudio Maffei, destacaram que os governos municipais têm responsabilidade na prevenção e assistências aos usuários de drogas, mas não podem realizá-la sozinhos, apenas com seus recursos financeiros. "É preciso que o governo do Estado mobilize a Polícia Militar, porque é necessária a repressão ao tráfico; que também a União participe com recursos e projetos e que haja um trabalho coordenado", reivindicou Monti.

A audiência reuniu deputados estaduais, vereadores de diversas cidades, gestores da saúde e da segurança pública e entidades da sociedade civil para conhecer e discutir os dados sobre a situação do crack e outras drogas nos municípios paulistas, divulgados pela Frente na terça-feira, 20/9. O levantamento baseou-se nas respostas de 325 municípios a questionário sobre as drogas mais presentes na cidade, faixa etária dos usuários de drogas, quanto a equipamentos de saúde e origem do dinheiro público usado em ações de combate ao uso de drogas, entre outras.

O coordenador da frente, Donisete Braga (PT), reiterou a intenção de reavaliar, periodicamente, a situação das drogas. "Isso vai possibilitar um acompanhamento da situação, verificando aumento, diminuição ou estabilidade no número de dependentes, para a coonstrução de uma política pública eficiente", declarou o parlamentar.

Estiveram presentes na audiência representantes do Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas (Coned-SP), do Denarc (Departamento Estadual de Investigações Sobre Narcóticos), da Secretaria Estadual de Saúde, da OAB e da Umes (União Municipal dos Estudantes Secundaristas). Também participou do encontro o padre Haroldo Rahm, fundador e presidente da Federação Brasileira das Comunidades Terapêuticas. "A presença de padre Haroldo, que trabalha há mais de 50 anos com usuários de drogas, nesta audiência é simbólica", saudou o presidente da Frente.

Além de Donisete Braga, participaram da audiência os membros da Frente Ana do Carmo, Enio Tatto, Geraldo Cruz, Hamilton Pereira e Marcos Martins, do PT, Jooji Hato (PMDB), Olimpio Gomes (PDT), Afonso Lobato e Regina Gonçalves, do PV, e Edson Ferrarini (PTB).

alesp