O papel da comunicação na busca de um mundo não violento e a atitude individual pela não violência foram discutidos nesta terça-feira, 21/10, na quinta palestra do II Ciclo de Multiplicadores de Cultura de Paz. Mídia ética e comunicação não violenta foi o tema tratado pelas especialistas Rosa Alegria, futurista e comunicóloga coordenadora do Núcleo de Estudos do Futuro da PUC-SP e ainda coordenadora do movimento Mídia da Paz, e Brígida Frias, bióloga da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente e coordenadora do projeto Imagens e Vozes da Esperança da Organização Brahma Kumaris. Para Brígida, que abordou a comunicação entre as pessoas e do indivíduo consigo mesmo, o ser humano tem consciência, o que lhe dá controle sobre as emoções, os hábitos, a memória e o intelecto, mas é preciso ouvir, não só ao outro como a si mesmo. Neste sentido, destacou a importância do exercício do silêncio como um ato que cria essa possibilidade. Como futurista e observadora dos meios de comunicação, Rosa Alegria avaliou o alcance da mídia e as modificações que ela provoca no comportamento coletivo. A título de ilustração, enfocou a exposição, na mídia nacional, do seqüestrador Lindemberg Alves, e o desfecho trágico do episódio, que culminou com a morte da jovem Eloá Pimentel. Segundo Rosa, a mídia tem que avaliar as conseqüências de sobrepor ao interesse público e individual o furo jornalístico e a audiência. A palestra teve a mediação de Victor Leon Ades, do Conpaz, e foi aberta a debates com a platéia.