Museu de Arte - Percorre caminhos mouros a arte cerâmica de Janete Taleb Heide


08/10/2009 14:08

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Caminhos Mouros <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/10-2009/JEANETE TALEB - OBRA.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Janete Taleb Heide<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/10-2009/JEANETE TALEB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Provindas do Oriente as manifestações da arte cerâmica difundiram-se paulatinamente na Europa, adquirindo por conseqüência, características próprias. Em inícios do segundo milênio antes da era cristã foi a ilha de Creta o centro cerâmico mais importante do Mediterrâneo, produzindo peças decoradas com motivos naturais, rosetas e estrelas.



A chamada cerâmica árabe teve seu apogeu a partir do século IX na Espanha introduzida que foi pelos Sarracenos. A encontramos nas decorações do Palácio de Alhambra e a partir de então produziram-se louças hispano-mouriscas esmaltadas produzidas em Málaga e no Reino mouro de Granada.



No inicio do século XX, o Dadaísmo transformou a nossa percepção dos objetos pontuando que o gesto do artista pode promover no nível de obra de arte mesmo o que é produzido em série.



Hoje, há mais de noventa anos da revolução de Duchamp, os grandes designers reinventam as formas e os seus significados, sugerindo ao público observador uma dupla interpretação dos objetos: a primeira, ligada ao uso e a segunda, mais sofisticada, como complemento de decoração de uma casa, onde os objetos são dotados de uma alma própria.



Assim é a ceramista Jeanette Taleb Heide verdadeira artista artesã, que tem projetado, nestes últimos anos, tantos elementos que se tornam objetos refinados de decoração.



Suas criações possuem traços bem distintos e sofrem uma espécie de influência intermediária entre Oriente e Ocidente, entre arte, artesanato e tecnologia alem de uma funcionalidade extraordinária.



Pratos, vasos e utensílios de rara feitura são realizados segundo as regras da antiga arte oriental e indicadores de um pensamento sobre o cotidiano embora baseados entre a história e a fantasia.



A obra "Caminhos Mouros 1", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, representa a interpretação adequada e refinada de um pensamento artístico que marcou época na história da cerâmica.



A Artista



Nascida em Santos, litoral de São Paulo, muda-se para a capital do Estado em 1965, onde inicialmente se dedica à arte dos sabores árabes, e posteriormente, em Setembro de 1978, transporta para a cerâmica, seu dom com misturas, desta vez usando óxidos, corantes e esmaltes.

A Arte do fogo e da terrra se torna sua grande fascinação, e trabalhar com romantismo a memória de suas origens é seu maior encantamento.

Participou das exposições "Percorrendo Caminhos Mouros" no Spazio Surreale " 2009, "O Brasil Feito a Mão" Embu das Artes " 2003, "Casa da Fazenda" " 2002, "Retalhos da Ilha" Ilha Bela " 2001, "Salão Waldemar Belizário" Ilha Bela " 2001, "Arte de Vanguarda" São José dos Campos " 2000, "Galeria La Pigna" Espaço do Vaticano em Roma " 2000, "Clube Paineiras do Morumbi" " 1999, "Exposição Internacional Anual de Pintura em Porcelana e Faiança" " 1998, "Exposição Interna Atelier Anna Wilma" " 1997 e "Salão Especial da Lapa" " 1993.

Possui obras em diversas coleções oficiais e particulares no Brasil e no exterior e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp