60 ANOS DO FIM DA II GRANDE GUERRA MUNDIAL




Passados 60 anos do término do maior conflito armado do mundo, vamos trazer aos leitores a história dessa verdadeira tragédia que destruiu países e fez o maior número de vítimas na história da humanidade.
O Japão viveu sob o feudalismo até o século XIX, quando este sistema foi abolido pelo novo imperador Meiji, que exerceu o poder de fato, transferindo a capital do país para Yedo (Tóquio, atualmente) e transformando o antigo império feudal em uma grande potência, que venceu a guerra sino-japonesa (1894-1895) e derrotou a Rússia (1904-1905), quando a esquadra do Czar foi dizimada pela Marinha japonesa na batalha naval de Port Arthur.
No ano de 1931, os japoneses invadiram a Manchúria e instalaram um governo fantoche com o último imperador manchu, Pu-Yi. Em 1937, o exército nipônico prosseguiu em sua ofensiva e tomou Nanking. A invasão japonesa causa protestos por parte da população chinesa até em nossos dias, por atos de barbaridades praticados, inclusive com experiências cientificas com seres humanos.
A ampliação da influência japonesa no sudeste asiático e no Pacífico criou um clima de animosidade com os Estados Unidos, que também tinham interesses na região, desde a guerra hispano-americana de 1898, quando os americanos conquistaram as Filipinas e Guam.
Em maio de 1940, o presidente norte-americano Franklin Delano Roosevelt decidiu transferir a sede da Frota do Pacífico, de San Diego na Califórnia para Pearl Harbor no Havaí, apesar de várias correntes contrarias à medida. A maior voz divergente era justamente do próprio comandante-em-chefe da Frota do Pacífico, almirante James Otto Richardson, que conversou com o secretário da Marinha, Frank Knox, quando explanou a preocupante situação da base naval de Pearl Harbor.
Sabedor das movimentações bélicas do Japão, Richardson esteve em audiência na Casa Branca com o presidente Roosevelt e recomendou a transferência da frota para a costa oeste dos Estados Unidos, na Califórnia, e justificou em três pontos: 1) A inadequação dos navios americanos em caso de guerra; 2) A base do Havaí deixava a frota muita exposta; 3) A frota não poderia se defender de um ataque aéreo ou por parte de submarinos.
A divergência com o presidente custou ao almirante o seu cargo. Mas o tempo e a história provaram que Richardson tinha plena razão.
O novo comandante da Frota do Pacifico, almirante Husband E. Kimmel, assumiu seu cargo em 1º de fevereiro de 1941, e o novo comandante do Exército no Havaí, general Walter C. Short , seis dias depois.
Na capital americana, o embaixador japonês, almirante Kichisaburo Nomura, negociava com o governo dos Estados Unidos, e apresentava uma série de propostas de seu país, que visavam solucionar o impasse entre os dois países. As propostas seriam apresentadas várias vezes até 20 de novembro de 1941, e todas consideradas inaceitáveis pelos norte-americanos.
Apesar das pressões, para que o Japão acabasse com a sua política expansionista, e sem uma efetiva resposta japonesa, Washington impôs sanções econômicas ao governo de Tóquio, que culminaram em 26 de julho de 1941, com a suspensão do comércio entre as duas nações, com o fechamento dos portos americanos aos navios japoneses, o congelamento dos bens nipônicos no território norte-americano, e o mais grave: o embargo da venda de produtos petrolíferos dos Estados Unidos, que deixava o "país do sol nascente" asfixiado.
O impasse com o governo dos Estados Unidos irritou os dirigentes japoneses, que em 6 de setembro, na Conferência Imperial Japonesa na capital nipônica, decidiu pela guerra, se não chegasse a um acordo com os americanos até o mês de outubro.
Em 24 de setembro, a inteligência americana havia interceptado uma mensagem de Tóquio para o cônsul japonês em Honolulu, capital do Havaí, ordenando que os espiões informassem sobre os navios da Marinha americana na base de Pearl Harbor, essa mensagem só seria decifrada em 9 de outubro.
O primeiro-ministro japonês, o príncipe Fuminaro Konoye, foi obrigado a demitir-se em 16 de outubro, sendo substituído pelo general Hideki Tojo, que formou um novo gabinete, radical e militarista. No mesmo dia, o chefe de operações navais dos Estados Unidos, almirante Harold B. Stark, avisou seu colega, almirante Kimmel, de que havia possibilidade de uma agressão por parte do Japão.
No dia 5 de novembro, o embaixador americano em Tóquio, Joseph C. Crew, informou a seu governo: "a ação pela qual o Japão tornará inevitável um conflito armado com os Estados Unidos pode surgir com dramática e perigosa subtaneidade". Dois dias depois, o comandante da frota japonesa Isoruku Yamamoto emitiu Ordem Altamente Secreta nº 1 da Frota Combinada, contendo planos detalhados para o ataque à base norte-americana de Pearl Harbor.
De Tóquio, o embaixador Grew informou seu governo da possibilidade de um ataque de surpresa por parte do Japão. Essa informação foi passada de Washington para o almirante Kimmel, no Havaí.
Da baía de Tankan, nas ilhas Curilas, partiu em 26 de novembro, a força-tarefa japonesa sob o comando do contra-almirante Chuichi Nagumo, que tinha como destino um ponto distante, 320 km ao norte do Havaí, e sua missão era atacar e destruir a frota americana em Pearl Harbor.
Em 27 de novembro, preocupados com o fracasso das negociações diplomáticas com o Japão, os chefes militares, da Marinha e do Exército, notificaram separadamente, os comandantes no Havaí, Kimmel e Short, de que "se podia esperar uma agressão militar por parte dos japoneses".
De Tóquio, os negociadores em Washington foram instruídos a continuar sua missão, mesmo sabedores que o rompimento seria inevitável. Eles tinham de ganhar tempo, para que a movimentação da frota concluísse no Pacífico. No Japão, o gabinete do primeiro-ministro Tojo, reunido em 30 de novembro, decidiu apresentar uma nota de "14 pontos", que deveria ser enviada em resposta à proposta do secretário de Estado Cordell Hull. O imperador Hiroito insistiu que essa nota fosse entregue aos norte-americanos antes do início das hostilidades. E no dia seguinte, com a presença do imperador, o Conselho Privado do Japão autorizou o ataque a Pearl Harbor.
O serviço secreto americano interceptou, entre os dias 2 e 6 de dezembro, diversas mensagens cifradas dos japoneses para o seu embaixador nos Estados Unidos, entre as quais uma determinando a destruição de seus códigos. No dia 6 dezembro, o presidente Roosevelt já tinha lido a maior parte da nota de "14 pontos", que havia sido interceptada pelos agentes dos Estados Unidos, e que deveria ser entregue numa hora expressamente estipulada por Tóquio.
Amanhecia em Honolulu, no Havaí, naquele domingo, 7 de dezembro de 1941, que ficaria conhecido como o "Dia da Infâmia".
Notícias mais lidas
Lista de Deputados
Mesa Diretora
Líderes
Relação de Presidentes
Parlamentares desde 1947
Frentes Parlamentares
Prestação de Contas
Presença em Plenário
Código de Ética
Corregedoria Parlamentar
Perda de Mandato
Veículos do Gabinete
O Trabalho do Deputado
Pesquisa de Proposições
Sobre o Processo Legislativo
Regimento Interno
Questões de Ordem
Processos
Sessões Plenárias
Votações no Plenário
Ordem do Dia
Pauta
Consolidação de Leis
Notificação de Tramitação
Comissões Permanentes
CPIs
Relatórios Anuais
Pesquisa nas Atas das Comissões
O que é uma Comissão
Prêmio Beth Lobo
Prêmio Inezita Barroso
Prêmio Santo Dias
Legislação Estadual
Orçamento
Atos e Decisões
Constituições
Regimento Interno
Coletâneas de Leis
Constituinte Estadual 1988-89
Legislação Eleitoral
Notificação de Alterações