A Comissão de Saúde e Higiene realizou, nesta quarta-feira, 31/10, audiência pública com a presença do secretário-adjunto da Saúde, Renilson Rehem de Souza, que veio esclarecer a implantação do Pacto pela Saúde no Estado. De acordo com o secretário, o pacto vai reunir os municípios e dividi-los em 64 regiões, já preestabelecidas pelos secretários municipais. Isso vai facilitar no encaminhamento de pacientes de uma cidade para outra, em situações que falta equipamento para realização de algum exame ou médico especialista. "É importante a implantação do pacto porque visa a inclusão do Sistema Único de Saúde, principalmente nos municípios que tem menos infra-estrutura", acrescentou o secretário. "Os municípios precisam agir conjuntamente e o pacto tem a função de organizar o sistema de saúde do estado". O presidente da comissão, Adriano Diogo (PT), disse que o pacto, para entrar em vigor, depende da aprovação da Emenda 29 e da prorrogação da CPMF.O médico representante do Departamento de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas (HC) apresentou a história do hospital e a evolução obtida no decorrer dos anos em casos de amputações traumáticas. "Muitos casos em que os pacientes, por exemplo, perderam o pé, o braço ou a mão, foi possível o reimplante com microcirurgia". Segundo o médico, apesar de o HC ser referência em reimplantes, faltam especialistas, atendimento 24h e equipamento adequado."O atendimento em tempo integral modificaria o prognóstico do paciente e reduziria os casos de amputação", enfatizou. O objetivo do hospital é ter equipe formada para tratar as fraturas graves e criar o Centro de Atendimento de Emergência em Microcirurgia Reconstrutiva e Cirurgia de Mão (Cemim). Em resposta a este projeto, o Souza afirmou que a Secretaria de Saúde vai analisar a possibilidade de implantar a proposta.Questionado sobre a criação das Assistências Médicas Especialistas (AMEs), Souza disse que há um abismo entre o atendimento básico e o atendimento especializado. "Por isso a secretaria que implantar nas regiões a AME. É um caminho para diminuir esse abismo".Marcaram presença o Sindisaúde, médicos do HC e do Emílio Ribas, além dos representantes da comissão Marcos Martins (PT), Uebe Reseck (PMDB) e Marcos Zerbini (PSDB).