Privatização da TV Cultura

Nilton de Martins, do Sindicato dos Radialistas do Estado de São Paulo, criticou a privatização e a destruição da TV Cultura. Citou matéria publicada no jornal O Valor, que diz que o objetivo do governo do Estado é "jogar a Rádio e a TV Cultura no mercado publicitário", o que significaria o fim das emissoras. Criticou a TV Cultura por não pagar o reajuste salarial devido aos jornalistas e radialistas desde 2003. Disse que "essa atitude onera os cofres públicos, na medida em que é uma dívida que vai se acumulando, com juros e correção".

Transporte deficiente

Josonias Castanho Braga, do Movimento Social, lamentou o acidente ocorrido na linha 4 do metrô. Braga entende que a responsabilidade direta é do governo, que contratou a obra. Criticou ainda o prefeito Kassab, que "ficou conhecido porque aumentou o preço do transporte público para R$ 2,30". Segundo o orador, o transporte público na cidade de São Paulo é deficiente e o principal prejudicado é o trabalhador que depende desse transporte.

Conselho gestor

Professor Luiz Silveira, do Movimento Brasileiro contra a Indústria da Doença, parabenizou o presidente da Venezuela, Hugo Chavez, pela crítica que fez à TV Globo, chamando-a de inimiga número um do povo brasileiro. Criticou o governo municipal pela falta de interesse em divulgar as eleições para o Conselho Gestor de Saúde, que se realizarão no dia 24 de fevereiro de 2007. Citou vários setores, principalmente hospitais do interior e da periferia, que sofrem com a falta de recursos.

Merenda escolar

Mérice Andrade de Quadros, da organização não-governamental Embu-Guaçu em Ação, falou sobre os conselhos de merenda escolar, que são do conhecimento de pouca gente. Disse que "há muitas crianças na rede pública de ensino que não recebem merenda e, por causa disso, têm baixo rendimento escolar". Criticou ainda a qualidade da saúde, da educação e do transporte público.

Terceirização

Nilda Antônia da Silva, da Associação Campestre, criticou a terceirização dos serviços em todos os setores. Disse que o trabalhador terceirizado sofre muito, com baixos salários e más condições de trabalho. Pediu ensino público gratuito de qualidade para os filhos dos trabalhadores.

Expulsão de moradores

José Leonilson Queiroz de Almeida, do Instituto Capivari Filhos da Terra, disse que essa entidade vai atuar nas áreas de proteção ambiental em Marsilac. Criticou a expulsão dos moradores dessas áreas sem qualquer tipo de assistência, pois "eles não têm onde morar, nem transporte público, nem educação, nem assistência médica".

Sucateamento

Silvio Luiz Del Giudice, da Associação dos Moradores do Jardim Tremembé, defendeu o governo Lula pelas suas realizações e criticou os que vêm à Assembléia Popular para defender o governo do Estado, que, segundo ele, "sucateou a segurança pública, a saúde e o ensino público". Del Giudice, referindo-se ao acidente na linha 4 do metrô e a outros setores do governo, disse também que "não existe nenhuma fiscalização das atividades do governo do Estado".

Parelheiros e Marsilac

William Aguiar do Prado, do Movimento Popular da Saúde de Parelheiros e Marsilac, cobrou dos deputados estaduais providências para a criação de hospital na região de Parelheiros e Marsilac. Disse que foi encaminhado aos deputados um abaixo-assinado, com mais de 18 mil assinaturas, solicitando a construção do hospital, mas até hoje não houve resposta. Aproveitou para criticar o atendimento nos hospitais públicos e na área da saúde em geral.

Mal representados

Membro do Grêmio Social Esportivo Recreativo Sudeste, Mauro Alves da Silva, aproveitou seu discurso para divulgar a campanha SOS aluno 2007. Segundo Mauro, as entidades representativas dos alunos, como a União Nacional dos Estudantes, estão muito mais preocupadas com questões políticas do que com problemas relativos à situação estudantil dos jovens brasileiros. Ele também pediu mecanismos para punir e, até mesmo, excluir os maus profissionais da Educação. Mauro lamentou também que São Paulo esteja à véspera de completar 453 anos e tenha um sistema educacional tão deficiente.

O preço da Educação

Membro da Comunidade de Olho na Escola Pública, José Roberto Alves da Silva criticou o enfoque de um programa apresentado pela TV Assembléia, que teve como tema o preço da Educação. Roberto Alves afirmou que trataram a Educação como objeto do Código do Consumidor. Para ele, "política pública não é comércio nem matéria de consumo". Ele também criticou a Une, pois segundo ele, a entidade faz uma gestão "clientelista" e não tem eleições diretas.

Liberdade de expressão

"Todos têm o direito de se manifestar", bradou em seu discurso Rodolfo Barbosa, da União da Juventude Paulista. Ele afirmou que a liberdade de expressão, garantida na Constituição Federal, dá o direito a qualquer cidadão de expor seu ponto de vista. Rodolfo criticou o governo Lula, por falta de projetos. "Somente após quatro anos de governo foi apresentado o Plano de Aceleração do Crescimento, sendo que, até agora, só houve mesmo foi loteamento de cargos."

Bolsa-família

Integrante do Movimento pelos Direitos da População em Situação de Rua, Tcharles Santos da Silva, afirmou que o programa Bolsa-família é interessante, mas é preciso ter competência para implementá-lo. Tcharles também cobrou providências das autoridades para descobrirem o que aconteceu com dois moradores de rua que denunciaram abuso de policiais e que estão desaparecidos.

Abaixou o valor

Robson Cesar Correia de Mendonça, também do Movimento pelos Direitos da População em Situação de Rua, fez uso de um fantoche, ao qual apelidou de "povinho de São Paulo", para criticar o prefeito da Capital por falta de uma política de inclusão para os moradores de rua. Ele criticou o governo do Estado por ter baixado o valor do "bolsa-miséria" de R$ 250 para R$ 200 reais. Segundo Robson, o governador abaixou o valor do auxílio para dar abono aos professores.

Fim da hipocrisia

"Chega de hipocrisia", pediu Anderson Cruz, do Instituto Educação São Paulo. Segundo ele, os atuais governantes, assim como o presidente venezuelano Hugo Chaves, querem se perpetuar no poder. Para tanto, argumenta Cruz, querem limitar a liberdade de expressão. Ele disse que a tentativa de implantação do Conselho Nacional de Jornalismo em 2003 teve o objetivo de censurar jornalistas. Anderson Cruz afirmou que a juventude brasileira não aceita mais o rótulo de esquerda ou de direita, "o que ela quer é progresso".

"Resolvedoria"

A promotora legal Vilma Rodrigues disse que em Taboão da Serra não há apoio para melhorar a educação. Segundo Vilma, "poucos vereadores têm projetos sobre educação". Ela afirma também que uma das funções do Conselho Tutelar é visitar as escolas, mas que isso não tem ocorrido naquele município. Questões como violência, alimentação, ensino e falta de vagas foram citadas pela promotora. Ela pediu para a cidade uma "resolvedoria", ao invés de ouvidoria, já que os problemas precisam ser resolvidos com urgência.

Mais respeito

Renata Garcia, cidadã paulistana, pediu mais respeito pela mulher. Segundo ela, as mulheres têm sido muito discriminadas pelo mercado de trabalho, pois as empresas fazem exigências adicionais quando vão contratar pessoas do sexo feminino. "As empresas pedem mulheres com boa aparência, idade inferior a 35 anos e sem filhos". Ela pediu políticas públicas para que as pessoas não percam a dignidade à medida que vão envelhecendo.