O mundo mágico de Benita é criado com lírica ingenuidade evocativa

Acervo Artístico: Emanuel von Lauenstein Massarani
10/01/2005 14:00

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Benita, pseudônimo artístico de Benita Figueiredo Ferreira Loureiro<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/benita.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Coração brasileiro (sacro x profano)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Benita Coracao brasileiro .jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Olhando nas janelas que Benita abre sobre os encantos envolventes dos campos, dos céus e das tradições de nosso "hinterland", descobre-se uma espécie de paraíso perdido e depois reencontrado. Através de suas obras entramos num mundo mágico, misto de sonhos e de realidades imersos na nítida luz de uma verdade interior absoluta e consoladora.

As cenas de nossas festas populares, religiosas ou folclóricas se transformam em cenas verdadeiras, delimitadas na sua realidade poética através da visão de quem as observa desde a infância nos seus detalhes e com uma capacidade de evocação envolvida de ingenuidade. Entretanto, sua linguagem é repleta de simbolismo. Sua faculdade compositiva é sustentada de um raro sentido da cor e concede à artista a facilidade de enfrentar e solucionar suas obras.

O traço característico da pintura de Benita é sua derivação do folclore. O imenso tesouro das nossas típicas e tradicionais festas, delimita, através do subconsciente, a estrutura temática e a visão plástica da nossa arte primitiva.

A vivacidade cromática, o sentido de um certo ritmo interior na construção da imagem, o anedótico rude mas não privo de um certo chamamento ético, tudo se encontra em relação direta com a mentalidade e a receptividade popular.

O quadro "Coração brasileiro (sacro x profano)", ofertado ao Acervo Artístico da Assembléia Legislativa, reflete o amor de Benita pela natureza e pela religião que, a exemplo de nossos pintores primitivos surge, na maioria das vezes, do coração de seres simples, por osmose natural com o pulso da vida do campo e das tradições interioranas.



A Artista

Benita, pseudônimo artístico de Benita Figueiredo Ferreira Loureiro, nasceu em Campina Grande, Estado da Paraíba, em 1940. Formou-se em sociologia com especialização em ciências comportamentais, concluiu cursos de desenho e pintura na Fundart em sua cidade natal.

Após ter exercido as funções de professora e diretora da Faculdade de Educação nas Universidades Estadual, e Federal do seu Estado, desde 1997 reside em Brasília. Durante certo tempo afastou-se das lides artísticas para as quais voltou intensamente a partir do ano 2000.

Desde então participou das seguintes exposições individuais: Galeria Rubem Valentim Espaço Cultural, Brasília, DF; Espaço UPIS de Arte e Cultura, Brasília, DF (2002); Sala Guimarães Rosa, Complexo Cultural do Ministério da Cultura, Brasília, DF; Biblioteca Demonstrativa de Brasília, Ministério da Cultura, DF (2003); Salão Social do Iate Clube de Brasília, DF; Espaço de Artes Plásticas da Prodasen, Senado Federal, Brasília, DF; Espaço Cultural do Supremo Tribunal Federal, Brasília, DF (2004);

Entre as exposições coletivas nacionais e internacionais esteve presente nas seguintes mostras: Galeria de Arte do Palácio Pamphili Dória, Roma, Itália; Canning House Gallery, Londres, Inglaterra; Casa do Brasil, Madrid, Espanha; UCCLA, Lisboa, Portugal; Palais Palffy, Viena, Áustria (2003); IX Circuito Internacional de Arte Brasileira (representação de Brasília); Canning House Gallery, Londres, Inglaterra; Casa do Brasil, Madrid, Espanha; UCCLA, Lisboa, Portugal; "Artistas Brasileiros", Academia Latino Americana de Arte, Punta Del Este, Uruguai (2004).

VI Salão de Artes Plásticas, Ministério da Cultura, DF; XXIII Salâo Riachuelo, Brasília, DF; Espaço Cultural do Centro Comercial de Copacabana, RJ; II Salão de Artes Plásticas, RJ (2001); XVI Salão de Artes Plásticas, Associação Brasileira de Imprensa, RJ; XXIV Salâo Riachuelo, Brasília, DF (2002); Pró Arte de Brasília, Espaço Cultural do Hotel Nacional, Brasília, DF; VII Salão de Artes Plásticas Feirense, RJ; XXVIII Salão Brasília Marinhas, DF (2003); Espaço Cultural Infraero, Aeroporto de Cumbica, SP; V Salão do Clube Naval, RJ; II Salão da Escola de Guerra Naval, RJ; Salão 96 Anos da Associação Brasileira de Imprensa, RJ; XV Exposição Clube Internacional de Brasília, Visual Galeria de Artes, DF (2004);

Recebeu inúmeros troféus, e medalhas do Museu da Arte de Pampulha, da Associação Brasileira de Imprensa, do Museu de Arte de São Paulo, da Associação Brasileira de Desenho e Artes Visuais e sua obra foi selecionada para figurar no I e II Anuário Brasileiro de Artes Plásticas, nos volumes "Arte Especial" e "Arte Carioca" de Celso F. Bastos.

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