Lançada frente parlamentar para acompanhar as obras do Rodoanel


17/06/2011 19:58

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Lançamento da Frente Parlamentar para Acompanhamento das Obras do Trecho Leste e Finalização do Trecho Sul do Rodoanel<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/06-2011/FrenteRodoanelZED3035.JPG' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Lançamento da Frente Parlamentar <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/06-2011/FrenteRodoanelZED3010.JPG' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Nesta quinta-feira, 16/6, no auditório Paulo Kobayashi, foi lançada a Frente Parlamentar para Acompanhamento das Obras do Trecho Leste e Finalização do Trecho Sul do Rodoanel. Presidida pela deputada Vanessa Damo (PMDB), a reunião contou com a presença do vice-presidente da frente, deputado José Zico Prado (PT), dos deputados Donisete Braga (PT), Luiz Claudio Marcolino (PT), Jooji Hato (PMDB), e do representante da Dersa, Hermes da Silva. "Nossa proposta é que a frente se torne um fórum de debates, fiscalização e controle das obras e procedimentos de execução e operação do Rodoanel. É importante que sejamos um canal para receber demandas e sugestões das populações diretamente envolvidas na construção desta obra", declarou Vanessa Damo. De acordo com o deputado Donisete Braga, é extremamente salutar um debate sobre o Rodoanel, que, sendo uma obra tão importante, envolve todas as instâncias de poder. "Me proponho a ser um interlocutor entre a sociedade civil e o governo federal", afirmou.

Durante a reunião, vários membros da Associação dos Moradores do Jardim Oratório, em Mauá, se manifestaram, com cartazes e declarações exigindo que fossem indenizados pela desapropriação de suas casas ou fossem contemplados com novas moradias, o que havia sido prometido pela Dersa por ocasião da construção dos trechos oeste e sul da rodovia. "É necessário que seja mudada a dinâmica dos trechos oeste e sul do Rodoanel. Muitas pessoas da região até hoje não têm onde morar. Não havia nem diálogo com a população e o comprometimento dos municípios envolvidos. No caso de Guarulhos, conseguimos mudar o traçado da rodovia " menos casas serão destruídas. Se vão desapropriar, têm de comprar antes um terreno e construir casas para os que serão desalojados antes de realizar a desapropriação", disse o deputado Luiz Claúdio Marcolino. Sobre este problema, a deputada Vanessa disse que irá cobrar das autoridades competentes que o próximo projeto habitacional destinado a Mauá dê prioridade às pessoas desalojadas pelo Rodoanel.



Mudança de comportamento



"Houve grande mudança de comportamento da Dersa na construção dos trechos oeste e sul para o trecho norte. A empresa tem se colocado à disposição para ouvir todas as reivindicações e está preocupada com a vida das famílias envolvidas, disposta a mudar o traçado da rodovia se for preciso. Mas a população tem de vir à Assembleia Legislativa, e os deputados têm de ouvi-la", afirmou José Zico Prado. O deputado Jooji Hato declarou que não é possível os moradores terem suas casas destruídas antes de terem outro lugar morar. Concordou com o fato de que a obra é muito importante, mas tal não seria se, segundo ele, o estado tivesse priorizado o transporte coletivo.

O representante da Dersa, Hermes da Silva, fez uma exposição sobre a empresa e deu detalhes técnicos da construção do Rodoanel, e reconheceu erros na construção dos trechos anteriores. "É a maior obra da América Latina e terá muita influência na Região Metropolitana de São Paulo. Sei que cometemos erros nos trechos oeste e sul, mas vamos aprendendo. Esta frente é importante para que possamos acertar mais daqui em diante. No trecho norte haverá um convênio entre a CDHU e a Dersa para que sejam construídas as casas antes de ser realocada a população local". Com relação à reclamação dos moradores do Jardim Oratório presentes ao local, Hermes declarou que as desapropriações se referem à estrada Jacu-Pêssego, que nada tem a ver com o Rodoanel. "Vocês não conseguirão avançar na construção do trecho norte enquanto não nos derem nossas casas. Desde 2008 estamos vivendo num cemitério de escombros", disse Cristina, da Associação dos Moradores do Jardim Oratório.

Vanessa Damo propôs a formação de uma comissão de moradores do bairro para que seja estabelecido quantas indenizações são devidas e quantas famílias ainda têm de receber suas casas. "Faremos outras reuniões", concluiu.

alesp