Coincidindo com o Dia nacional da Padroeira, o Brasil comemora amanhã 12 de outubro mais um Dia da Criança, data oficializada pelo presidente Arthur Bernardes em 1924, embora devidamente comemorada somente a partir do ano de 1960. As Nações Unidas por seu lado, decidiram instituir a data de 20 de novembro o Dia Universal das Crianças em que se comemora a Declaração dos Direitos das Crianças. Desde sempre pintores e escultores se dedicam a imortalizar a infância através de suas obras, assim para comemorar o evento selecionamos obras do acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo e do Museu da Escultura ao Ar Livre, instalado nos jardins do Palácio 9 de Julho, que enfocam o tema. São obras de Augusto Higa, Canato, Cezira Colturato, Cristina Motta, Gustavo Lima, Jhorie, Karimi, Luis Matos, Márcia Franco, Marco Rossi, Maurício Takiguthi.Neste dia vale a reflexão que a arte de ser feliz é manter o espírito de criança."Anchieta e o Curumim" de Mauricio Takiguthi - Sua pintura possui um íntimo sabor espiritual e alcança um perfeito equilíbrio entre os internos valores humanos e aqueles plásticos da expressão. Criando um estilo totalmente original e um gosto refinado do retrato, o artista sabe amadurecer o instintivo sentido da cor, disciplinando a arte de usá-la com cuidadosa medida e com robusta variedade de acordes."Ausência" de Márcia Franco " Seu tema central é a humanidade com seus sentimentos e seus problemas de vida de cada dia, numa relação continua entre tema e objeto."Garoto no Rio Trombetas", de Jhorie " O desenho da artista exprime uma espontânea veia poética, um sentido de harmonia quase musical. Ao observarmos atentamente sua obra, vislumbramos que esse sentido nasce de um encontro feliz entre razão e sentimento. "Infância brasileira" de Luís Matos " A obra transmite a força narrativa do artista que se impõe denunciando uma sensibilidade pouco comum pela profunda análise que faz do ser humano e de sua dolorosa vivência à luz da esperança de sua redenção."Juntando Sonhos", de Cezira Colturato " A pintura dessa artista é uma obra "empenhada", mas não no sentido deturpado. É "empenhada" porque sabe colher, quase no estado incônscio, os aspectos mais humildes e às vezes mais miseráveis da realidade contemporânea brasileira. "Menina Kalapalo" de Marco Rossi " Esta obra diz perfeitamente da linha adotada pelo artista, onde tudo é fruto de um pronto élan em defesa dos primeiros habitantes da "terra brasilis", numa homenagem àquela realidade que o espírito recolhe como ponto de partida. "Miscigenação", de Gustavo Lima " Essa obra revela uma íntima aproximação com o caráter dos personagens, no quais se manifesta uma significativa pureza, testemunhando o amor e a preocupação da artista em relação a tudo representa o mundo da infância."Paulistinhas" de Cristina Motta " Insistindo tanto sobre o conteúdo quanto sobre a forma, a energia criadora da artista coloca uma acentuação vibrante sobre motivos e cenas reais do cotidiano, onde a criança é a principal protagonista. "Pausa", de Augusto Higa " A pintura desse artista reflete ansiedade, inquietação e uma luta contínua em direção à anulação das formas e sua simplificação. A atitude de estilizar as figuras, cuja inércia plástica introduz uma leve esperança na visão pessimista da vida, está na sua base pictórica."Seleção do Brasil", de Canato " A obra nos transporta por instantes ao mundo de contrastes no qual vivemos. Canato conta sempre um fato real, propõe coisas nas quais, muitas vezes, não mais pensamos, e seu maior mérito é oferecer ao espectador momentos de profunda reflexão.