Numa análise didática, livre e espontânea, Lucia Strauss projeta um simbolismo hiper-realista


15/03/2005 16:04

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Lucia Strauss, pseudônimo artístico de Lucia Maria Strauss<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/luciastrauss.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> "Losangos que se encontram e desencontram", triptico doado ao Acervo Artístico da Assembléia Legislativa<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/L1.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

"Se Freud foi, até mesmo sem querer, o psicanalista tutelar dos surrealistas, Jung aparece como o cientista "paralelo" às sutis magias de Paul Klee, cujo racionalismo tende a coincidir com as estruturas psíquicas mais profundas, evocadas e potencializadas no rito laico da invenção estética", assim escreve Lucio Cabutti, conhecido professor de história da arte italiano.

A problemática do símbolo e do arquétipo constituiu sempre um tema decisivo da psicanálise Junguiana. Também no caso da artista Lucia Strauss amadureceram as sementes de uma formação simbolista e cada sua obra confirma a prática de se aventurar, de maneira expressionista, até a misteriosa origem da vida e no caso a vida de nossos indígenas e de nossos caboclos.

Vivendo um fato mágico e visionário, a pintora registra em suas obras, uma análise didática livre e espontânea, movimentando-se em direção às palpitações de seu intimo.

Emblematicamente, a artista assume em suas obras a condição existencial do homem do campo ou de nossas reservas indígenas, suas tradições e seus utensílios e trançados projetando de maneira hiperrealista símbolos e arquétipos.

Em "Losangos que se encontram e desencontram", triptico doado ao Acervo Artístico da Assembléia Legislativa, a qualidade de sua imaginação se torna real. O observador é envolvido, como em certas arquiteturas de Paul Klee, onde não se sabe mais onde nos leva a vertigem da geometria e onde terminam as certezas e os sólidos apoios do intelecto humano.



A Artista

Lucia Strauss, pseudônimo artístico de Lucia Maria Strauss, nasceu em Petrópolis, RJ, em 1945. De seu avô paterno, Desidério Strauss, grande escultor austríaco, herdou o dom e o amor pelas artes. Vive atualmente em Atibaia, SP, onde instalou seu próprio atelier.

Dedicou-se inicialmente à cerâmica e à porcelana. Freqüentou cursos na Universidade Católica do Chile onde aprendeu a trabalhar com cobre, na execução de peças decorativas e esmaltadas. Em 1997 seguiu um curso de pintura, a partir do qual passou a dedicar, exclusivamente, suas criações.

Recebeu diversos prêmios e medalhas e suas obras encontram-se em coleções particulares e oficiais com destaque no Centro Internazionale di Arte Contemporânea, de Roma, Itália e no Acervo Artístico da Assembléia Legislativa de São Paulo.

Participou das seguintes exposições: I Salão de Arte da Mulher, Biblioteca Pública de São Paulo (1994); I Expo Panamericana de Arte, Clube Pinheiros, SP (1996); Atelier E. Pfister e Mostra Atibaiense de Artes, Casa da Cultura Jandira Massoni, Atibaia, SP; Mostra de Arte Contemporânea, Fundação Mokite Okada, SP (1998); "La Magnífica", Bar dês Arts, SP (2000); Museo Nazionale di Villa D"Este, Tivoli, Itália; "20 anos do H.A.S.P. Aeronáutica, SP; Centro Cultural Árabe-Sírio do Brasil, Atal, SP; XII Mostra Mercato D"Arte Contemporânea, Padova, Itália; "Arte e Cultura em alto mar", Casa da Fazenda do Morumby e Atrium Cultural do Central Plaza Shopping, SP; Espaço Cultural Park Hotel Atibaia, SP; "Caminhando pela arte", Museu João Batista Conti, Atibaia, SP (2001); "Arte e Cultura em alto mar", a bordo do navio Costa Clássica, Brasil, Argentina e Uruguai; IV Bienal Internacional de Roma, Itália; "Prêmio Primavera", Palazzo Barberini, Roma, Itália; Castelo Saveli, Palombara Sabina, Lazio, Itália (2002); V Bienal Internacional de Roma, Itália; II Mostra Internacional de Arte, Cisterna di Latina, Roma, Itália (2004).

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