Frente pela Reforma Política é lançada em São Paulo


03/05/2007 21:13

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Plínio de Arruda Sampaio<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/FRENTE POP plinio de arruda sampaio09ROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Frente Pela Reforma Política com Participação Popular chega a São Paulo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/FRENTE POP mesa geral03 ROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Deputado Roberto Felício (ao centro) e deputada federal Luiza Erundina <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/FRENTE POP eduardo pietro.dep felicio.erundina02ROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Lançada na Câmara dos Deputados em 27/3, a Frente pela Reforma Política com Participação Popular chega a São Paulo com o forte apelo de garantir a participação popular na construção de um projeto de reforma política que obedeça a princípios republicanos e democráticos.

Conforme o membro da comissão organizadora do evento, Daniel Monteiro Lima, relatou na abertura do evento, a proposta de uma reforma política com participação popular surgiu em dezembro de 2003 e, de lá para cá, tem conseguido expressivos apoios, como da CNBB e da OAB, entre outros. Ao passar a palavra para o deputado Roberto Felício, do PT, que em seguida conduziu os trabalhos da Mesa, recebeu deste os agradecimentos por ter sido escolhido para reproduzir em São Paulo e, em seguida, nos municípios, o movimento que coloca, pela primeira vez na história política do país, a sociedade organizada no centro do debate político.

Plínio de Arruda Sampaio, do PSOL, um dos oradores do evento, advertiu para o caráter pluralista dessa frente, composta por pessoas e grupos de idéias diferentes para combater um inimigo comum. Plínio entende que uma pauta ampla pode mostrar mais divergências do que semelhanças nas discussões, e fez questão de dizer que, diferentemente do que pensa a maioria, o item mais importante nessa reforma é o fim do monopólio das comunicações. "Não vejo nenhuma grande TV cobrindo este evento. No meu tempo de deputado, as emissoras de rádio mantinham repórteres cobrindo as atividades dos parlamentares e hoje isso acabou. Ninguém leva ao público essas informações."

Todos os participantes da Mesa foram unânimes em declarar que a reforma não pode ficar restrita ao âmbito parlamentar, mas tem de ir além. A deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), encerrando o evento, disse que a participação popular vai garantir um novo projeto político consistente, que não seja uma colcha de retalhos. E que há projetos de lei que garantem maior participação popular engavetados há muitos anos, porque os políticos têm medo do povo. "Têm medo de perder o poder, mas o poder não é do deputado e, sim, do povo que delegou esse poder", disse ela.

A deputada lembrou, ainda, da euforia que tomou conta do povo quando da elaboração da Constituição de 1988 e convidou São Paulo a protagonizar desta vez um movimento que resultará numa regulamentação política que seja adequada ao tempo em que vivemos. "O mundo mudou desde 1988, o Brasil mudou, a sociedade civil mudou." Erundina parabenizou a Assembléia Legislativa de São Paulo por sair na frente desse movimento, e pediu mais respeito ao Congresso Nacional: "Que se desrespeite o político corrupto, mas que se respeite os demais em nome da democracia, pois ela custou muito para ser conseguida".

alesp